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  • Seas comemora 3 anos com lineup inovador

    Quem conhece um pouco do cenário brasileiro de música eletrônica sabe que fazer festas independentes com sucesso não é nada fácil. Mais difícil ainda, é manter o núcleo responsável pela realização dessas festas ativo por anos, com uma frequência alta de eventos. 
    Uma ferramenta capaz de tornar mais agradável essa custosa tarefa é a união entre os núcleos, que além de proporcionar a troca de ideias e experiências e fomentar a cena, também cria laços de amizade. Prova disso são os ótimos momentos que nós compartilhamos ao lado dos amigos da Seas Label, ao assinar um palco no aniversário de 2 anos da marca, ano passado, e no Seas Festival nesse ano.


    Danee no detroitbr stage do Seas Festival 2019

    Neste ano não participaremos do aniversário da marca, mas podemos dizer que ainda assim ele será marcante, já que levará quatro artistas internacionais ao Espaço Garden, local que se tornou a “casa” da label. Serão três palcos nesta edição: o principal, chamado Seas Stage, o focado nos residentes, chamado Marujos, e um palco de Hip Hop.

    Foto: Reprodução/Internet

    S.A.M. é autor de um dos hits mais tocados do ano. Lançado pela Spinnin Records, a track “Fury’s Laughter” conquistou DJs ao redor do mundo, marcando presença nas pistas da cena. O dinamarquês Samuel Madsen, que até conhecer a música eletrônica era estudante de Teologia e trabalhava como uma espécie de zelador de uma igreja, é também o responsável pela gravadora Delaphine, lançada em 2013. Fazendo sua estreia no Brasil, a apresentação dele é uma das mais aguardadas da noite e acontece no Marujos Stage, acompanhado dos brasileiros Küste, Marc-lo e Marc.

    Seguindo para o Seas Stage temos Emanuel Satie, que destaca-se pelo seu live act, no qual o DJ e produtor alemão toca alguns dos seus lançamentos quentes, que saíram por gravadoras como Knee Deep In Sound (selo de Hot Since 82), DFTD (sub label da famosa Defected) e Saved (gravadora de Nic Fanciulli).  Entre suas músicas de maior sucesso, está o remix de “Jeopardized”, originalmente produzida por outra atração da festa: Sabb.

    E tratando-se de lançamentos em grandes gravadoras, o suíço Sabb é uma autoridade. O dono da gravadora “Radiant.” é conhecido, principalmente, por três de suas produções: “Illusiones” com Rafa Barrios, “One Of Us” com Forrest, remixada pelo lendário Denis Ferrer e a anteriormente citada “Jeopardized”.

    A terceira atração internacional do Seas Stage é Hoten, um DJ e produtor apaixonado e influenciado pela house music dos anos 90. Embora o artista tenha nascido no Brasil ele considera-se australiano, por ter crescido e morar atualmente em Sydney, local onde tornou-se um artista renomado. Como bom anfitrião, Nezello completa o lineup do Seas Stage.

    Todas as informações gerais sobre a festa você encontra logo abaixo:

    Serviço:

    Data: 30/11/2019 – sábado
    Horário: a partir das 19h
    Atrações: Emanuel Satie, S. A. M., Sabb, Hoten, Nezello, Küste, Marc-lo, Marc, DJs Deezy, Neto e Brunão
    Local: Espaço Garden Shows e Eventos (Rua João da Costa, nº 3.051, 88340-000 Camboriú – SC)
    Ingressos: Sympla
    Pontos de venda: Turn Balneário Camboriú (comprando seu ingresso na loja você ganha 20% de desconto nos produtos da Turn), Home Store Brava, DEEP BOUND, NABRASA Hamburgueria Gourmet e Padang Padang.
    Reservas de mesas e camarotes: 47 9 9705-5672

  • Separamos 5 sets dos próximos headliners na Moving D-EDGE até o fim do ano

    Quem conhece o trabalho e o histórico do D-EDGE sabe que o club sempre apostou numa curadoria musical avançada, trazendo nomes que muitas vezes são raros de aparecer pelo Brasil. Por trás da Moving, festa dedicada ao techno que rola toda quinta-feira no club paulistano, não é diferente. As atrações confirmadas nesta reta de final são prova disso.

    Começando já por esta quinta (28), a alemã Nur Jaber e o argentino Flug, artistas que não brincam em serviço, serão os headliners da noite. Na próxima semana quem sobe ao palco do D-EDGE é D.A.V.E. The Drummer (05/12), uma verdadeira lenda da cena acid e techno mundial. Em seguida, o club recebe o americano Truncate (12/12) e encerra sua programação com outro nome fortíssimo do techno, a sueca conhecida como SPFDJ (19/12).

    Abaixo nós separamos um set de cada um dos artistas confirmados para você curtir e já ir entrando das noites que vem a seguir. Para mais informações, clique aqui.

    Nur Jaber — Boiler Room Berlin:

    Flug — We Must Live, Fiesta Bullshit:

    D.A.V.E. The Drummer — Noise Castle:

    Truncate — In the lab LA:

    SPFDJ — Dekmantel x Boiler Room 2019:

     

  • Relembre: Time Warp BR 2019 e Warung 17 Anos

    O feriado da Proclamação da República foi celebrado com a reunião de grandes artistas do cenário mundial em terras tupiniquins. Eventos como Time Warp BR e o aniversário de 17 anos do Warung Beach Club apresentaram lineups protagonizados por Ricardo Villalobos, Richie Hawtin, Peggy Gou, Honey Dijon, Pan-Pot, Solomun, entre outros.

    Caso você tenha comparecido em alguma das duas celebrações ou não, aqui vai uma boa notícia: os detroiters marcaram presença nos eventos e compartilharam alguns dos momentos mais marcantes.

    Time Warp BR 19

    DJ Koze teve uma das melhores apresentações do primeiro dia. Com uma construção de set impecável, o artista passeou do house ao techno, do progressive house ao tech house, passando pelo minimal, de forma coesa, criando ali uma das histórias mais bonitas da noite.

     

    Amelie Lens foi um dos grandes destaques da 1ª noite:

    O set que mais dividiu opiniões foi o de Ricardo Villalobos, como esperado. O artista finalizou sua apresentação com a clássica “Caminando”, edit de autoria de Reboot. A canção, originalmente lançada como “Pra não dizer que não falei das flores” por Geraldo Vandré em 1968, foi hino de resistência do movimento civil e estudantil que fez oposição à ditadura brasileira.

     

    Richie Hawtin retornou à SP depois de sua apresentação no DGTL São Paulo, e, novamente, apresentou um set excelente.

     

    Peggy Gou tocou no Cave 2.0 e provou porque é uma das artistas em maior ascensão na cena mundial. A coreana apresentou um set que agradou (e muito) os amantes do Techno que estavam na pista, mostrando que não se prende à rótulos.

     

    Warung Beach Club

    O destaque da 1ª noite ficou com Honey Dijon. Com um set repleto de House music, unindo tracks clássicas à novidades, a artista agradou com unanimidade à todos que estavam no Garden.

     

    A segunda noite guardava um reencontro muito esperado pelo público: Richie Hawtin e o Warung Beach Club. Cheia de expectativas, a apresentação supriu todas com excelência, sendo um dos sets mais comentados e elogiados da 2ª noite.

  • Richie Hawtin: um fanático por tecnologia com amor pela música

    O mundo da música eletrônica nos oferece uma vasta gama de nomes que se destacam tanto pela sua história quanto pela sua importância, Richie Hawtin é um desses expoentes, que se projeta para além do trivial e é sinônimo de inovação e criatividade. Pioneiro em várias tecnologias que envolvem a arte da mixagem, ele coleciona incontáveis contribuições para a difusão da mesma, seja apresentando novas ferramentas para DJs ou a inclusão de novos entusiastas para o mundo das pick ups.

     

    No final da década de 70 Mick e Brenda Hawtin mudaram-se de um vilarejo no Reino Unido para a cidade de Windsor, no Canadá, levando consigo seu filho Richard, de 9 anos. Por ventura do destino a nova moradia era vizinha de Detroit, a famosa cidade das máquinas que viria a se tornar o berço do techno na década seguinte.

    A localização geográfica foi importante mas outro fator foi igualmente relevante para que o pequeno Richie viesse a se tornar o grande artista que é hoje: seu pai era engenheiro robótico e fã de música eletrônica, apresentou Kraftwerk cedo e sempre estimulou o uso da tecnologia em casa. Não demorou muito para o garoto britânico se familiarizar com o desejo de embalar festas noturnas, tão logo o nerd de óculos e cabelo raspado começou a se apresentar utilizando o nome Richie Rich.

    Richie Hawtin, na época “Richie Rich”, à esquerda e John Acquaviva à direita.

    Richie Rich ainda não causava tanto impacto, foi quando ele se juntou a John Acquaviva e fundou o selo Plus 8, em 1989, que seus passos na cena eletrônica começaram a ser notados, lançando artistas como Speedy J e Kenny Larkin. Nos primeiros releases seu nome como produtor era F.U.S.E, que rapidamente seria trocado pela alcunha que o consagrou como um dos grandes nomes da second wave of detroit techno: Plastikman. Sua proposta musical era uma resposta ao techno “brutal” que rolava na Europa à época, bebendo em referências do electro, synth-pop e industrial para criar uma sonoridade minimalista e progressiva.

    Richie Hawtin presents Plastikman – Spastik

    No entanto foi só a partir de 1996, quando juntou-se com Robert Hood para uma série de EPs mensais chamada Concept 1, que o Minimal Techno viria a ser considerado uma vertente. Em 1998 o Plastikman já era sinônimo de tecnologia e novidade mas o minimal techno ainda era considerado cru, vivendo seus early days. Foi quando o aclamado álbum Consumed, lançado por sua outra gravadora M_nus, surge como um divisor de águas, superando tudo o que as pessoas conheciam sobre Plastikman, apresentando uma nova forma de explorar o minimalismo e despertando interesse global no estilo.

    No início dos anos 2000, estimulado pelo seu sucesso, Richie decide mudar-se para Nova York, lugar onde não residiu por muito tempo, para logo em seguida firmar raízes em Berlim. Foi na Alemanha que os óculos ficaram de lado, o cabelo cresceu e seu estilo de vida mudou completamente. Foi lá que passou a ter uma forte amizade com Sven Vath, ícone lendário da Ilha de Ibiza, onde por incontáveis vezes compartilhou o line-up da festa Cocoon. Todo esse período de transição fez com que ele pudesse se dedicar mais ao lado Hawtin e à carreira dos jovens talentos que viriam a despontar por seu selo M_nus, como Gaiser, Magda, Troy Pierce e Marc Houle.

     

    Em 2012 Hawtin decide fazer importantes movimentos para disseminar ainda mais sua cultura. Nesse contexto surge a festa ENTER., realizada naquele que foi considerado o melhor club do mundo sucessivas vezes: Space Ibiza. Durante os 3 anos de atividade Hawtin esteve envolvido diretamente em tudo, era a principal figura por trás de toda a temática e decoração, incluído o famoso sake bar. Um de seus ambientes favoritos era o MIND, espaço destinado para música eletrônica experimental.

    Programação de Julho a Outubro de 2017 da festa “Enter”, no Space Ibiza.

    Ainda em 2012 Richie retornou à América do Norte para o projeto CNTRL: Beyond EDM, realizou seminários, palestras e debates em universidades dos Estados Unidos e do Canadá, com a co-produção de Loco Dice e Ean Golden. Tal projeto lhe rendeu ainda uma grande honraria, pois recebeu diretamente das mãos do prefeito de Windsor as chaves da cidade na qual cresceu. Outra reconhecimento de bastante prestígio aconteceu 2015, quando recebeu o título honorário de doutor, através da universidade Huddersfield, “por sua notável contribuição ao mundo da música e da tecnologia”. 

    A primeira metade desta década foi também o último momento que seu projeto Plastikman deu as caras. Em 2013 aconteceu uma lendária apresentação no Guggenheim Museum, em New York, a qual acabou se tornando o último álbum do homem de plástico a ser lançado até o momento: EX. O minimalismo ainda predomina, mas recebe camadas melódicas que aquecem a sonoridade do lançamento, que é uma bela leitura contemporânea de todas as experiências que Hawtin havia vivenciado até então.

    EXhale é a 7ª e última track do álbum “EX”.

    Em 2015 a Plus 8 completou 25 anos e para celebrar o fato histórico Hawtin lançou um álbum completo com músicas inéditas, muitas delas reutilizando nomes que ele mesmo havia usado ao longo de sua carreira. O título do álbum não poderia fazer referência maior: From My Mind to Yours. Não bastando todas as notórias contribuições, no início de 2016 anunciou uma parceria com a designer Andy Rigby-Jones e as empresas Allen & Heath e Audiotonix. Intitulada Play Differently, a iniciativa está desenvolvendo um novo conceito de mixer, equipamento essencial ao trabalho do DJ. O MODEL1 ainda não é vendido comercialmente mas já se tornou exigência no rider técnico de inúmeros artistas de renome, como Chris Liebing Loco Dice, Dubfire e Stephan Bodzin.

    Richie Hawtin conta sobre o setup que usa em suas apresentações, com ênfase no mixer “MODEL1”

    Neste final de semana Richie Hawtin volta ao Brasil para duas apresentações bastante especiais: sexta ele se apresenta na edição nacional do Time Warp e sábado no Warung Beach Club, na Praia Brava. A conexão de Hawtin com o templo começou há exatos 10 anos, quando trouxe para o pistão a tendência do mercado europeu. Como fruto, em pouco tempo se tornou uma das pratas da casa, sendo sempre ovacionado em suas apresentações. Um de seus momentos mais icônicos foi durante sua passagem em janeiro de 2011, a energia elétrica falhou duas vezes, Yeke Yeke figurou no setlist e também teve o famoso episódio do chinelo, quem estava lá lembra claramente disso. 

    Apresentação de Richie Hawtin no Warung Beach Club em Janeiro de 2011.

    Sua última passagem no Brasil foi no 1º semestre desse ano, no DGTL São Paulo, e a última passagem pelo Warung foi em 2016, quando estava fazendo tour apresentando o MODEL1. Podemos aguardar muitas novidades em seu retorno à São Paulo na sexta, e neste sábado, quando ele e outros medalhões coroarão o aniversário de 17 anos da mais tradicional casa de música eletrônica do litoral catarinense!

    SERVIÇO

    Matéria Principal Warung: Warung reúne alguns dos principais artistas do mundo no seu mês de aniversário.
    detroitbr: Time Warp retorna ao Brasil com line-up de impacto.

    Warung Beach Club – 17 Anos:
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    Venda de Ingressos: Blueticket/Eventbrite

    Time Warp Brazil 2019
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    Venda de Ingressos

     

  • Time Warp retorna ao Brasil com line-up de impacto.

    O Time Warp é um festival itinerante de música eletrônica que nasceu em Mannheim, Alemanha, em 1994. Sua curadoria é direcionada a nichos específicos da cena techno e house, apresentando artistas renomados em pistas no conceito big room.

    Cave Stage na primeira edição do Time Warp em São Paulo. (Foto: divulgação)

    Em 2014 o Time Warp realizou em Buenos Aires sua primeira edição fora da Europa, mantendo sua edição sul-americana anual em terras hermanas até que em 2016 uma tragédia aconteceu: 5 pessoas morreram e dezenas foram hospitalizadas pelo consumo de substâncias análogas ao MDMA. Depois de um ano fora do nosso continente em 2018 o festival alemão elegeu São Paulo como sua nova casa por aqui, apresentando um line-up relevante e uma produção exemplar. O festival então caiu nas graças do público e vem para sua 2ª edição brasileira com tudo para manter e fortalecer essa boa relação!

    Aftermovie Oficial – Time Warp 2018 [BR]

    A viagem comemorativa de 25 anos de Time Warp chega ao nosso país para uma celebração de 2 dias, em 15 e 16 de novembro de 2019. O local escolhido para receber o evento é o mesmo da primeira edição: o Sambódromo do Anhembi, que abrigará novamente os palcos “Cave” e “Outdoor”, sendo o primeiro mais dedicado ao Techno e o segundo ao House.

    O lineup mescla artistas que se apresentarão pela primeira vez no Brasil com artistas que estão com maior frequência no país, e traz também um retorno extremamente aguardado: o de Ricardo Villalobos. Depois de 6 anos sem se apresentar no Brasil, o DJ chileno, que cresceu na Alemanha por sua família ter sido exilada durante a ditadura Pinochet, retorna para uma apresentação exclusiva no Time Warp São Paulo.


     Ricardo Villalobos em uma de suas apresentações.

    O artista é conhecido por sua postura completamente ousada e autêntica, tanto musicalmente como comportamentalmente. Nos estúdios já criou músicas que são considerados verdadeiras obras-primas, entre elas algumas que se tornaram verdadeiros hits das pistas minimalistas. Nos palcos, vive uma relação de amor e ódio com o público. Ao longo de sua carreira Ricardo viveu momentos de inconstância, indo de apresentações aclamadas a situações constrangedoras, pra dizer o mínimo.

    O álbum “Alcachofa” (2003), de Villalobos, que abriga a faixa “Easy Lee”, um de seus grandes hits.

    Todo essa polêmica e mistério em torno de Villalobos o tornam a atração mais aguardada do line-up, mas não quer dizer que ele seja o único artista a ser observado durante o festival! No mesmo dia e palco em que ele toca, se apresentará também The Black Madonna, artista residente do icônico Smartbar em Chicago, que vem despontando como um dos grandes talentos da house music de hoje em dia, além de ser símbolo de empoderamento feminino. Completam a noite do Outdoor Stage DJ Koze e as atrações nacionais Millos Kaiser e Gop Tun DJs.

    The Black Madonna se apresentando no “In The Lab NY” da Mixmag, no Dia Internacional das Mulheres.

    Já, o Cave Stage será liderado por ninguém menos que Richie Hawtin na sexta-feira! O artista canadense cresceu em Detroit e foi um dos grandes nomes da 2ª onda de artistas de techno no início dos anos 90, sendo responsável direto pelo desenvolvimento da cena pelos seus diversos labels e projetos como Minus, Plus 8, Enter, MODEL1 e CNTRL Beyond.


    Richie Hawtin é o responsavel pelo desenvolvimento do mixer “MODEL 1”.

    Neste dia também destacam-se também na caverna: o alemão chefão da Dystopian Rødhåd, a sensação das batidas aceleradas Amelie Lens e a brasileira ANNA, que já pode ser considerada atração internacional. Completam o line-up os artistas nacionais RHR, Eli Iwasa e Tessuto.

    Rødhåd no Boiler Room em Berlin

    No 2º dia o Cave Stage apresentará uma bela mescla de atrações. A coreana Peggy Gou é a grande novidade da cena mais cult, que tem se destacado por suas produções características e seus sets ousados. Fundadora do selo Gudu Records, motivada pela autonomia de poder decidir quando, como e o que lançar, a artista refere-se muitas vezes ao seu som como “K-House”.

    Peggy Gou fará sua estreia em terras tupiniquins.

    Vindo do sentido oposto está Jamie Jones, um dos fundadores do selo Hot Creations e mundialmente conhecido por sua pegada mais comercial e, no meio do caminho, está o Pan-Pot, que encerra a pista com sua sonoridade mais reta e pesada. Completando o line-up, grandes artistas brasileiros: Renato Cohen, L_cio e Trepanado.

    L_Cio em sua apresentação na edição anterior do Time Warp em São Paulo.

    O sábado do Outdoor Stage será dedicado ao house e tech house. O grande destaque fica por conta da DJ Honey Dijon, mulher, trans e negra, nascida em Chicago, na capital da House Music que, assim como The Black Madonna está se destacando por seu talento e por sua representatividade, com a diferença de que Honey Dijon imprime um estilo mais agressivo.

    Honey Dijon carrega suas bandeiras com louvor.

    Além dela, a revelação Denis Sulta e as meninas do Blond:ish completam o time de gringos, enquanto Davis e Fatnotronic fecham a lista para o lado brasuca. Confira abaixo os horários do line-up e não perca suas atrações favoritas!

     

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  • Jeff Mills expõe 10 reflexões sobre a música eletrônica

    Aos 56 anos de idade, Jeff Mills continua contribuindo fundamentalmente com a música eletrônica. O artista nascido em Detroit é uma dos principais protagonistas da história da cena, atuando desde a década de 1980 para que ela se desenvolvesse e chegasse ao patamar que vive hoje. Nessa semana, em uma postagem no facebook, o célebre DJ expressou sua opinião acerca de questões do mundo da música eletrônica, abordando tanto o papel do indivíduo quanto das indústrias que a permeiam.

     

    Confira logo abaixo a postagem traduzida:

    Por favor permita que eu vá direto ao ponto vital desse comentário.
    Na minha opinião profissional, a Música Eletrônica, em comparação aos outros gêneros, não é um conjunto de música entediante e mundana. A noção de que é um gênero que “traçou seu próprio caminho” devido à dependência excessiva da tecnologia também não é comprovada. Sim, todo mundo pode procurar achar músicas que não gosta ou não se importa, mas isso também pode ser dito sobre qualquer outro gênero musical. Mantenha esse pensamento, nesse gênero, as pessoas podem se expressar de qualquer maneira, qualquer modo, por qualquer motivo que escolherem e, na música, não existe algo como “certo” ou “errado”, “bom” ou “ruim”. As coisas são do jeito que elas são – é isso. Se você é alguém que discorda do fundo do seu coração, então talvez Música Eletrônica não seja pra você. Talvez o que você procura esteja acontecendo em algum outro gênero. Faz pouquíssimo sentido você gastar seu tempo quando você não precisa fazer isso. Agora, existem artistas na Música Eletrônica que estão aprendendo como a indústria funciona, a forma da arte, como ser um músico e um artista, e assim eles seguem. Isso não é raro, e a ideia de saber tudo desde o começo é irreal. Somente os artistas podem planejar suas carreiras, não o público. Para qualquer artista que sinta que a maior parte do criticismo é rude e injustificável, eu digo isso pra vocês: “A única maneira de acabar com ele é se tornar melhor no que você faz”. Se você se considera músico, faça muita música. Se você se considera um DJ, domine a arte de programar músicas. Se você não sabe como fazer, assista e estude.

    Aqui vão 10 pontos que eu acho que deveríamos notar:

    1. É simplesmente tão fácil e até pode ser divertido engrandecer acontecimentos nessa indústria. Eu sugiro uma reformulação ocasional do impulso de banalizar artistas e o que eles falam ou estão fazendo. Ao invés disso, olhe para o que eles fizeram. Ações falam muito mais alto do que palavras.
    2. Comece a falar sobre música. Não em questão de certo ou errado, mas o que era/é que o artista está tentando dizer. Se você tem dificuldades em entender o significado, pergunte a eles.
    3. A “indústria” moderna da música é relativamente nova. Não tem nem 100 anos. Como todas as outras coisas, se não for cuidada, não existirão razões para acreditar que ela não desaparecerá ou mudará a ponto de se tornar outra coisa. Cuide de verdade do que você ama.
    4. Há a “indústria da música” e a “indústria do artista”. Não é sempre que as duas podem ser dominadas juntas. Para alguns, pode levar um tempo para entender totalmente os dois lados. Sem julgar sempre, só olhe e escute.
    5. Às vezes o público pode estar errado. A não ser que todo mundo nasça automaticamente com um conhecimento profundo de música, é possível que grandes grupos de pessoas subestimem ou  superestimem. É só com o tempo que a real verdade emerge. Então só porque você acredita em algo, isso não o torna necessariamente um fato ou uma verdade. Tome cuidado com o que você lê. Fortaleça e atualize seu filtro.
    6. Música não é sobre ser perfeito. E se você acha que sua percepção e seu gosto musical são perfeitos, então você deve considerar isso: quando você ouve música, ali está apenas uma porcentagem do que o produtor está tentando dizer. Que eles são verdadeiros e que sentimentos nunca serão completamente extraídos e traduzidos em acordes e notas precisas. Existe um compromisso acontecendo no processo. Alguns músicos nunca acertam totalmente, então como você pode assumir que o que você está ouvindo é perfeito (?).
    7. Mesmo que a indústria da música ainda passe por algumas dificuldades em certas áreas, é importante lembrar que será da música que as pessoas mais se lembrarão. Não do festival, do vídeo, do review ou da crítica. A contribuição do músico, medida pela importância para o gênero, será o aspecto mais importante que reconheceremos. 
    8. Mixar músicas não torna alguém DJ. Saber como conduzir as pessoas demanda uma habilidade especial que envolve percepção atmosférica, gerenciamento de tempo, bom discernimento e, mais importante, a realidade de que você nunca vai agradar à todos.
    9. Não importa o que eles dizem, não existe “melhor DJ” ou artista. Isso é criado só para pegar seu dinheiro.
    10. E, por fim, qualquer um que decida se tornar um artista ou um músico, decidiu que quer dar algo ao mundo e à cultura. Sim, ele pode também ser rico e famoso, mas existem outras maneiras mais rápidas de fazer isso. Apreciar algo pelo que ela é e não pelo que ela deveria ser pode ser sentido de muito mais jeitos do que você provavelmente imagine.

    Ótimo final de ano. Boas viagens.

    Sinceramente, 
    Jeff Mills.

  • Phonocut: grave seus discos de vinil em casa

    O vinil tem reconquistado cada vez mais seu espaço no mercado da e-music, caindo no gosto de DJ’s e amantes da cena. Entretanto, o seu processo de fabricação é delicado (que talvez seja o que torna ele tão especial) e caro quando comparado à produção dos formatos digitais, dificultando o acesso à ele.
    Pensando nessa questão e querendo democratizar o acesso aos vinis, surgiu o PHONOCUT: ferramenta que permitirá a gravação de discos de vinil em casa. O projeto foi lançado no Kickstarter, e já recebeu mais de 200% do valor de investimento estabelecido inicialmente.


    Foto: Divulgação

    O invento é tratado como revolucionário pelos seus autores e por muitos no cenário da música. Considerado como a realização de um grande e longo sonho da indústria da música, o dispositivo foi criado por Flo Kaufmann, um dos maiores especialistas em vinil do mundo, desde a fabricação até a masterização do disco, e Florian “Doc” Kaps, um ex-funcionário da Polaroid.

    O funcionamento dele, que segundo os fábricantes é “à prova de idiotas”, pode ser resumido em 4 simples etapas:

    1. Colocar o vinil virgem na máquina
    2. Colocar um cabo que conecte a origem da música (como um computador, por exemplo) ao PHONOCUT.
    3. Apertar play para começar a gravação
    4. Apertar play ao final da gravação.

    Para transferir a música do formato digital para o disco, o dispositivo conta com uma agulha de diamante, que transforma as ondas sonoras em ranhuras, no padrão do vinil.


    Vídeo de lançamento do projeto.

    De acordo com o fabricante, cada lado dos discos suportará até 15 minutos de áudio, e o dispositivo está previsto para ser lançado ao mercado em Dezembro de 2020, custando entre 4,5 e 5 mil reais.

     

  • Warung reúne alguns dos principais artistas do mundo no seu mês de aniversário

    O Warung Beach Club comemora 17 anos de existência em novembro, mas antes da tradicional festa de aniversário o club começará o mês com chave-de-ouro, apresentando duas duplas que farão todo mundo ficar indeciso sobre quais artistas assistir.
    No dia 01 (sexta-feira) Adriatique e ARTBAT, duas grandes revelações recentes da música eletrônica mundial, se apresentarão numa noite de long sets no templo, contando com o apoio de duas atrações locais: Leo_Z aka Leozinho, primeiro residente do Warung Beach Club, e Edu Schwartz, catarinense que tem se destacado no club.


    No topo, a dupla Adriatique e, abaixo deles, ARTBAT.
     

    O duo Adriatique se mantém como um dos grandes nomes mundiais com um trabalho consistente há uma década, seguindo a proposta de produções longas e meditativas aliadas a reviravoltas que interrompem o ritmo hipnótico, evidenciando a maestria que a dupla possui ao conduzir a pista.
     


    Adriatique @ Tomorrowland Belgium

    O outro destaque da noite fica por conta de ARTBAT, projeto que fará sua estréia no Warung Beach Club. O duo, que já emplacou suas produções algumas vezes nos Top Charts e conquistou pistas ao redor do mundo com seu som envolvente e melódico, retorna ao Brasil depois de gravar para a Cercle aos pés do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, momento tido por muitos como “memorável”. 
     


    ARTBAT @ Bondinho Pão de Açúcar for Cercle.

    Mas essa é apenas o início do mês de aniversário do Warung Beach Club. A comemoração oficial acontece nos dias 14 e 15 de Novembro, reunindo grandes protagonistas do cenário nacional e internacional.


    Line up do 1º dia do tradicional aniversário do Warung Beach Club conta com Solomun, Peggy Gou e Honey Dijon.
     

    A grande estrela da noite é Solomun, capitão do selo Diynamic e um conhecido do público brasileiro, com passagens constantes pelas principais pistas do nosso país, especialmente no templo, onde já protagonizou festas memoráveis.


    Solomun no famoso episódio do “Sync Dancing”, no Boiler Room Tulum.
     

    Além dele destacam-se também as novidades. A primeira delas é Honey Dijon, mulher trans e negra nascida em Chicago, o berço da House Music, bandeira que ela representa com muito louvor nos dias atuais, carregando o legado de Frankie Knuckles e outros mestres do estilo. 


    Honey Dijon @ Boiler Room X Sugar Mountain.

    A segunda novidade é a sul-coreana Peggy Gou, sensação da cena mais cult que tem se destacado por suas produções características e seus sets ousados, refletindo suas influências que vão do acid house ao grime, passando por uma infinidade de referências que incluem até mesmo o k-pop (segundo ela, “o k-pop antigo é melhor que o k-pop atual”). Fundadora do selo Gudu Records, motivada pela autonomia de poder decidir quando, como e o que lançar, a artista refere-se muitas vezes ao seu som como “K-House”.


    Vídeoclipe oficial de ‘Starry Night’.

    Completam o line up os brasileiros LK (dupla formada por Léo Janeiro e Kaka Franco) e Fran Bortolossi & Boghosian.

     


    No 2º dia de aniversário, o Warung Beach Club recebe ANNA, Richie Hawtin, juntos de outras atrações.
     

    No sábado toca ele que é o artista mais Detroit deste aniversário. Nascido em Windsor, cidade que fica a uma ponte de distância da cidade que fundou o techno, Richie Hawtin aproveitou a situação muito bem e tornou-se um dos maiores mestres do estilo. Seja à frente dos selos Minus e Plus 8, seja por seus projetos educacionais, por suas label parties, pelos hardwares desenvolvidos por seu projeto live ultra-futurista Plastikman, seja por suas apresentações como DJ, Richie sempre está contribuindo para o desenvolvimento da cena e sempre tem algo novo a oferecer.


    Richie Hawtin @ Junction 2 Festival

    Muito digna de menção é também a brasileira ANNA, talentosa artista que está quebrando barreiras no exterior, apresentando-se em grandes festivais como Awakenings, Time Warp, Ultra Music Festival, DGTL, levando a nossa bandeira para o circuito mundial do techno.


    ANNA em “From my studio to the dancefloor” com a track “Forever Ravers”, colaboração com Miss Kittin

    Além desses artistas, a 2ª noite conta também com os gringos Khen e Lee Jo Life e com os brasileiros Albuquerque, Eli Iwasa e Renato Ratier.

    SERVIÇO
    Ingressos à venda: acesse
    Facebook oficial: Warung Beach Club
    Instagram oficial: @warungbeachclub
    Site oficial: www.warungclub.com.br

     

     

  • The Chemical Brothers ganha remixes de ‘Surrender’

    Imagine receber a missão de remixar uma música de uma dupla que teve uma contribuição fundamental na história da música eletrônica, sendo considerada como um dos principais expoentes do gênerio “Big Beat”, ao lado de The Prodigy, Daft Punk, Algorythmik e Fatboy Slim.

    Foi esse sentimento que artistas como Kink, Sasha e Soulwax. vivenciaram recentemente, ao serem convidados por The Chemical Brothers para remixarem alguns de seus clássicos. Ao lado de Gentleman Thief, Futureshock e do próprio duo The Chemical Brothers, eles foram os responsáveis pelas novas versões de clássicos do 3º álbum da dupla, Surrender, que completa 20 anos.

    Em comemoração aos 20 anos desse momento histórico, que muitos consideram ter sido o ápice da popularidade da dupla, será lançado nesta terça, dia 22, o Surrender‘s 20th Anniversary Edition, em CD e vinil. E, embora o álbum ainda não tenha sido lançado, já é possível ouvir algumas das faixas que o compõe, como o remix feito por Kink, que você confere logo abaixo:

  • Fabric comemora 20 anos com grande lançamento

    O Club que foi fechado em 2016 e quase fechou novamente suas portas no ano passado está agora comemorando seus 20 anos! 
    Depois de um retorno triunfal, o Fabric London anunciou que para comemorar seus 20 anos vai lançar um compilado que vai do House ao Techno, com tracks de autoria de grandes artistas como: Nina Kraviz, Marcel Dettman, Maya Jane Coles e Daniel Avery. O lançamento está marcado para 6 de Dezembro e será realizado pela renomada label do próprio club.

    Mas a comemoração não para por aí. O club está com uma programação de agradar a todos os gostos, trazendo respeitáveis nomes do house, techno, micro house, progressive house e inclusive Drum & Bass, fazendo jus ao apelido de “House of Drum & Bass” da capital inglesa.

    A celebração dos 20 anos promete proporcionar mais momentos memoráveis na historia do club que, desde 1999, contribui para a história da música e, especialmente, da música eletrônica, com noites únicas comandadas por artistas ímpares. Entre eles, nomes como: Dj Hype, Scissor Sisters, Ricardo Villalobos, Dj Marky, Terry Francis, Ben Clock e Craig Richards.