Apesar de estar marcado para ser lançado dia 25 de setembro nos EUA e Canadá (pelo Ultra Music) e no dia seguinte no resto do mundo (pela Virgin), o novo álbum de Deadmau5 já pode ser ouvido na internet. Nele, 11 tracks do canadense, algumas já lançadas em EPs, como Professional Griefers (com Gerard Way, do My Chemical Romance) e Failbait (com Cypress Hill), entre outras novas. Para ouvir, use o player abaixo:
Quem tem conta no Rdio pode ouvir as 13 músicas (incluindo as duas que faltam no leak acima) com alta qualidade e de forma legal. É só fazer o login e usar o player abaixo (sem logar, ele irá tocar apenas alguns segundos):
O evento acontece nos dias 26, 27 e 28, na Fnac do ParkShoppingBarigüi, em Curitiba. Os debates iniciam-se às 19h, mas durante o dia todo haverá entretenimento para o público no local. Cada dia terá um tema, e um mediador, conforme a agenda abaixo:
26/09 (QUARTA-FEIRA)
O primeiro dia de debates irá abordar o tema eventos. Representantes das principais baladas e open airs da cidade irão discutir temas como seleção e contratação de profissionais, a influência deles na cultura eletrônica, entre outros. Os convidados são Cesar Saheb (Stand’Up), Tazz (Pow!! Produções), Yuri Bernardi (Danghai Club), Igor Mattar (Legends Club), Delippe Reitenbach (Connection), José Fay Neves (Culture Management), Bruno e Sogan (Ecotrance), sob mediação de Marco Lisa, que, de quebra, representará o Club!.
27/09 (QUINTA-FEIRA)
O segundo dia será focado na parte artística, com DJs e produtores da região falando sobre gestão de carreira, trocando experiências e outras peculiaridades do meio. Os convidados serão Rogério Animal (Rockeed), Rodrigo Carreira, Gromma, Marco Lisa (Element), Michel Godoy, Edson B, Hermes Pons, Toshiro (Luma Noise), sendo mediados por Mohamad Hajar, representante do Psicodelia.org e do Kultra.
28/09 (SEXTA-FEIRA)
O terceiro e último dia será dividido em duas partes: primeiro Christ, da Yellow, irá ministrar um workshop sobre sintetizadores, transmitindo toda a sua experiência e habilidade com estes equipamentos. Em seguida, o DJ Murillo, da Funk You, encerra o evento fazendo seu DJ Set.
O evento é gratuito e não precisa de inscrição: é só chegar na Fnac e acompanhar. Esperamos a presença de todos, que além de desejarem adquirir mais cultura e conhecimento, também desejam uma cena eletrônica fortalecida e cada vez melhor.
Um grupo de DJs e amantes do bom e velho disco de vinil, encabeçados por Arnaldo Robles, está buscando justiça. Uma petição on-line está colhendo assinaturas e será entregue ao ministro da fazenda Guido Mantega, visando a isenção dos impostos abusivos que são cobrados em cima dos bolachões.
Ao comprar um disco de vinil no exterior, é recolhido 60% de Imposto de Importação, além do ICMS (taxa que varia de 7% a 18% de acordo com o estado) e US$ 10,00 de taxa alfandegária – vamos ilustrar com um exemplo: um disco que custe US$ 20,00 na loja internacional (equivalente a R$ 40,00) acaba custando R$ 95,00 para o bolso dos brasileiros. E aí como é que um DJ de vinil sobrevive, sendo que este mesmo lançamento custa cerca de R$ 10,00 em formato digital no Beatport?
Você pode dizer para ele usar o timecode, ou migrar para CDJs ou Traktor, mas não é esta a questão aqui. A questão é mais um absurdo deste país, que pouco faz pela cultura nacional. Vamos esquecer a briga das mídias e apoiar esta causa, em prol dos DJs que ainda sentem prazer tocando no vinil.
Só sendo milionário pra conseguir ser DJ sem timecode.
O mais interessante na história toda é que a solicitação está amparada pela lei: o Decreto Lei n.º 37/66, que regulamenta o Imposto de Importação, determina em seu art. 17 que produtos sem similar nacional tem direto a isenção do imposto em questão. E como os discos não são mais fabricados no Brasil há anos, é totalmente viável a inclusão deles na lista de itens isentos.
Para tanto, precisa-se chamar a atenção do governo. Por isso, encorajamos a todos vocês, leitores, a colocarem seus nomes na petição. Não custa nada, demora menos de 1 minuto, e pode significar muito para a música eletrônica brasileira. Clique aqui para assinar.
Rotular o som de Grouch como “prog dark” simplesmente, como vem sendo feito, é um grande falta de informação. Oscar Allison, o neo-zelandês por trás do projeto, vem despontando como um dos principais nomes da cena psytrance, e possui um som que podemos chamar de “futurista”. Fazendo um paralelo, a chacoalhada que o Skrillex fez no mainstream mundial, Grouch tem tudo para fazer na cena psicodélica.
Pra começar, ele consegue condensar em seu som as mais diversas influências, que vão do techno ao dubstep, sem perder sua característica psicodélica. Ele próprio classifica seu estilo como “Psychedelic minimal techno progressive trance dub and dubstep” em sua página no Facebook – e acredite: o som não é uma salada sem sentido, e sim, algo completamente novo e delicioso. Um set seu, com mais de 2 anos de idade, demonstra isso para os ouvidos mais céticos:
Ao contrário do que muitos possam pensar, ele não faz essas misturas pelo modismo. Desde 1999 ele vem produzindo e mixando os mais diversos estilos, e desde 2006 vem ganhando destaque no nicho psicodélico, com lançamentos por selos como Zenon Records, Up Records e Enigmatik Records. Já tocou nos principais festivais da cena mundial, como o Boom Festival, Tree of Life, Burning Man e Universo Paralello – este, inclusive, com uma história curiosa: ele não estava no line-up, mas ainda assim iria à festa para curtir, como público. Porém, alguns artistas tiveram que cancelar as apresentações por problemas com visto, e Oscar foi chamado de última hora para integrar o line-up. Ironicamente ou não, foi o nome mais elogiado após o festival, tendo seus dois sets tidos como melhores momentos do evento (no 303 Stage e no Main Stage).
Apesar disso, Grouch esbanja humildade. Quem não o conhecia, ao vê-lo subir no palco no Universo Paralello ficou se perguntando quem era o aleatório tocando, dada à sua simplicidade. Seus materiais são bem humorados – basta ver a foto do set acima, a foto de perfil da fanpage, e algumas passagens em seu release, aonde ele diz que possui habilidades “ninjas” de percussionista. Um artista inovador, sério e humilde – é ou não é a referência que a cena merece?
Grouch se apresenta em diversos lugares no Brasil em outubro: na Brasuca Club!, em Curitiba, dia 5; na Forest Family, em Brasília, dia 6; no Roots Festival, em Recife, dia 13; no Ziohm, em Fortaleza, dia 20; além de duas datas a serem confirmadas em São Paulo e Belo Horizonte (26 e 19, respectivamente). Confira abaixo um pouco mais do som dele:
Neste ano a Disney irá lançar uma nova animação, que está sendo muito agurdada. Se além de música eletrônica, você também é fã de games, com certeza já viu e delirou com o trailer de Wreck-It Ralph (que se chamará Detona Ralph no Brasil):
Sim, você não se enganou: aquele grupo de apoio que aparece aos 0:34 tem o Zangief, o Bowser, o Robotinik e até mesmo o fantasma do Pac-Man. A história do filme gira em torno de Ralph, o vilão de um game que “cansou de ser malvado”, e parte em busca da adoração do público sendo o mocinho de um novo jogo. Para maiores detalhes sobre a história, leiam o artigo no IMDb. O que interessa para nós é uma dupla participação do californiano que tem sido o rosto mais conhecido da música eletrônica no mundo: Skrillex.
Há alguns meses foi noticiado que ele seria o responsável pela trilha sonora – confirmando a tendência de produtores de EDM assinando as trilhas de Hollywood, a exemplo de Daft Punk, Chemical Brothers e Trent Rezor e Atticus Ross, que inclusive levaram o Oscar pela trilha de A Rede Social. Porém, Soony Moore fará também uma ponta no filme, sendo o DJ de uma festa, em cena ainda não revelada (assim como o Daft Punk tocou na festa de Tron: Legacy).
Os produtores contam que a idéia nasceu quando a cena da festa estava quase pronta. Pensaram “Se ele já está envolvido com a trilha, talvez tope ser o DJ da festa”. Dito e feito, Skrillex ficou eufórico com o convite, e já aprovou o seu modelo animado.
Wreck-It Ralph estréia dia 2 de novembro mundialmente, mas no Brasil ele só chega em 4 de janeiro de 2013.
A prática é velha, mas recentemente está virando praxe de festas de todo porte. Se você abriu seu Facebook hoje antes de ler esta matéria, com certeza você já se deparou com algum DJ mendigando votos em algum concurso aleatório. Alguns ficam dentro do aceitável: pedem em seu próprio perfil, para sua própria timeline. Outros, como de costume, perdem a noção das boas maneiras virtuais e começam aquele spam desagradável: inundam os murais dos amigos, de todos os grupos que participa e, às vezes, até o bate-papo privado com sua lista de contatos. A sensação ao andar pelas ruas virtuais da rede de Zuckerberg é a mesma de andar em uma calçada cheia de cavaletes de políticos: é tanta gente pedindo a mesma coisa, que a vontade é de mandar todos à mesma merda, ao mesmo tempo.
Porém, o grande vilão da história toda nem são os DJs, que muitas vezes estão na ânsia de realizar um sonho, e sim os organizadores. Parem pra pensar como o dono da festa: se eu fizer um concurso de DJs, vários aspirantes à profissão irão participar, em busca do tão sonhado espaço. Se eu definir que o vencedor será o mais votado, dezenas de pessoas irão divulgar meu evento de graça durante dias, e só um deles vai ser “premiado” com a participação no meu line-up, sem direito a cachê, afinal… É um presente, uma chance! Espertinhos, não?
Vale notar que não sou contra concursos, afinal, uma peneira é a melhor forma de descobrir novos talentos. Porém, o método de avaliação por quantidade de votos além de ser um abuso da boa vontade do DJ, jamais irá selecionar o melhor. Podemos muito bem estar ignorando um grande talento, que fica horas em seu home-studio estudando, produzindo, mixando, para dar espaço a um zé rosca que não faz nada demais, mas tem vários amigos, é bem relacionado, é chato na internet. A maior prova de que número de votos não seleciona o melhor é o Top da DJ Mag, que nesse ano intitula o picareta do David Guetta como “melhor DJ do mundo“. Você, que ganhou um concurso, nada mais é do que o Guetta do seu nicho… Pense nisso!
Por isso, o núcleo que quiser fazer um concurso, deve considerar a idéia de ter uma banca avaliadora, em vez de largar a responsabilidade nas mãos do público e sequer ouvir os sets concorrentes. A voz de um pequeno grupo de pessoas não é infalível, claro, mas com certeza saberá selecionar melhor do que uma estatística de popularidade. Com uma banca de respeito, composta por DJs e produtores já consagrados, professores de mixagem e/ou produção e até mesmo críticos da cena, a chance de termos os melhores ganhando espaço é muito maior!
Sendo assim, DJs, não caiam nesta armadilha. Boicotem concursos que só querem você trabalhando como promoter de graça! Exijam respeito, o seu trabalho não vale um punhado de likes na fanpage da festa! E organizadores de festas, se pretendem realmente fazer algo pelos novos talentos, destinem um tempo para avaliá-los. A cena já está cheia de celebridades ocupando stages só por causa da popularidade, não precisamos de mais gente assim.
Dar nome às coisas é uma das atividades mais difíceis da vida: seja para o filho, o cachorro, o grupo de trabalho na escola, eventualmente acabamos passando horas, dias ou até meses tentando encontrar a denominação perfeita. E na vida de um artista esta dificuldade é cotidiana, afinal, cada nova música que é finalizada precisa receber um nome. Alguns simplesmente tacam o foda-se e dão nomes aleatórios, como o projeto Rekorder, que numerou suas músicas de 0.0 até 10.3, de acordo com o disco e a faixa correspondente, ou então deadmau5, que possui álbuns chamados Random Album Title (Álbum de Título Aleatório), For Lack of a Better Name (Na Falta de Um Nome Melhor) e >insert album title here< (Insira o Título do Álbum Aqui).
Porém, a falta de criatividade ás vezes acaba dando lugar a uma criatividade além do necessário – e é nesse cenário que surgem músicas com nomes esquisitos, bizarros ou curiosos. Toda música conta uma história, e no caso das eletrônicas é mais difícil compreender a história que o artista pretende contar, devido à constante ausência de letras – nesse ponto que nasceu minha curiosidade pelos nomes. Em alguns casos, eles dão um novo significado para a música e passamos a gostar ainda mais dela, mas ainda existem os casos em que simplesmente algo aleatório foi escolhido para nomear a canção.
Pois bem, sempre procurei entender os nomes e agora irei compartilhar alguns significados aqui. Vale lembrar que tudo o que escrevo abaixo é baseado em pesquisas na internet – são suposições, o artista pode muito bem vir aqui e me desmentir, afinal, não estou dentro da cabeça dele pra saber qual foi a pira que deu origem ao nome.
DEADMAU5 – PROFESSIONAL GRIEFERS
Deadmau5 é um nerd assumido. Um cara que tem um Space Invader tatuado no pescoço, usou o nickname que tinha no mIRC para batizar o projeto e é fã do Nyan Cat é desgraçadamente nerd – e isso deu nome para esta música também. Griefer é a gíria americana para o jogador que entra em jogos on-line só para estragar a diversão alheia – traduzindo para a geração formada assistindo Hermes e Renato, o Griefer é um Joselito digital. A artwork do EP tem o Meowingtons (gato de estimação de deadmau5) em destaque, e no clipe é ele quem sabota a partida de UFC entre Joel e Gerard Way. Acho que já sabemos quem é o Joselito profissional da história.
SKRILLEX – SCARY MONSTERS AND NICE SPRITES
Bem, aqui podemos interpretar de duas formas. O dicionário traduz sprite como duendes. Monstros Assustadores e Duendes Bondosos – belo título para algo bem fantasy. Mas vamos nos lembrar que essa leva de DJs é extremamente nerd e foi adolescente nos anos 90, jogando Mega Drive e Super Nintendo. Sprite também é a denominação técnica para uma tecnologia muito usada em games da época, para inserir os personagens no cenário. Monstros assustadores e com visuais bons – se fosse do mau5 a música eu apostaria na segunda opção sem dúvidas! Seja qual foi a intenção dos Nice Sprites, o nome em si é uma referência à música Scary Monsters (and Super Creeps), de David Bowie.
PLASTIKMAN – SPASTIK
Saindo dos ídolos dos EUA e caindo agora nos deuses do techno, eis uma música que tem 19 anos e ainda é tocada – especialmente a versão “de fácil digestão” que Dubfire fez para ela. A Spastik original não é nada dançante – é um conjunto de percussões e sons intrigantes e hipnotizantes. Se você é DJ de techno, com certeza já tentou usar ela em mash ups e já percebeu que o resultado fica perfeito na maioria das vezes. Mas vamos parar de falar da música e vamos ao nome: spastic é um termo originalmente usado para definir o paciente que tem espasticidade, um enrijecimento muscular sintoma de disturbios neurológicos, como a paralisia cerebral. Ouça a música novamente agora que você sabe o significado do nome – faz total sentido, né? Ah, o K no lugar do C com certeza foi para se alinhar ao nome do projeto, que também troca o C de plastic por um K.
RADIO SLAVE – GRINDHOUSE (DUBFIRE PLANET TERROR MIX)
Grind house, traduzindo literalmente, seria “casa de triturar” – um nome mórbido, assim como a música. Além da tradução literal, grindhouse também é a denominação usada para designar cinemas que passam filmes de terror trash, daqueles que não se preocupam em ter uma boa história, continuadade ou execução. Porém o nome não é apenas uma referência a este tipo de cinema, e sim uma referência a uma recente produção que popularizou o termo. Grindhouse é um filme de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, que faz uma homenagem ao terror trash dos anos 80. O filme divide-se em duas partes: Death Proof e… Planet Terror. Bem, não precisamos dizer mais nada sobre este nome, né? Os vocais, apesar de parecerem muito com samples retirados de filmes de terror, não são do filme homônimo. Não consegui encontrar nenhuma referência na internet – talvez sejam originais, ou de algum filme MUITO alternativo. * agradecemos a colaboração de Hermes Pons, que nos alertou para o significado não literal de “grindhouse”
DUSTY KID – LYNCHESQUE
E já que o assunto é techno doente e cinema alternativo, o maior hit de Dusty Kid também é uma referência à sétima arte. O sufixo -esque significa “à moda de”. Por exemplo, DaVinciesque, à moda de DaVinci. Então Lynchesque seria à moda de Lynch – David Lynch, diretor conceituadíssimo de cinema, com filmes intrigantes e doentes, assim como a música em questão. Curiosidade: já tem um tempo que Lynch resolveu atacar de produtor, e o resultado é, no mínimo, interessante. Vale a pena procurar 😉
D-NOX & BECKERS – CALA A BOCA
Peraí, por que os alemães deram um nome em português para a música? E por que um nome agressivo? Segundo D-Nox, é uma homenagem às pistas do Brasil – as que mais falam e menos prestam atenção no som. Cala a Boca mandou uma mensagem clara para nós muito antes de qualquer campanha que você tenha visto pela internet: fale menos e dance mais. E não é que eles têm razão?
KROME ANGELS – KRISKROS RHYTHMS
Essa foi provavelmente a primeira música que investiguei a fundo o nome – e ele é interessantíssimo. O nome em si é facilmente explicado – no break da música há um vocal dizendo “criss-cross rhythms that explode with happiness“. Mas ainda assim, “sons cruzados que explodem com felicidade”? Há sentido nisso? Acreditem, há sim. Esta frase foi criada por uma banda de música afro, chamada Osibisa, como uma tradução do nome deles – porém é só uma cortina de fumaça. Osibisa na verdade vem do termo Osibisaba, que significa “vida desregrada” no dialeto Fante. Ou seja… são os ritmos cruzados ou a vida sem limites que explodem com felicidade? 😉
GMS – JUICE
Pra finalizar, outra dos cinemas. Depois do audio-visual que o GMS fazia em 2009 ficou mais óbvio, mas ainda assim vale a pena a menção. A música na verdade é um remix para Lux Aeterna, música tema do filme Requiem Para Um Sonho. Os samples usados também são tirados do filme, e Juice é o nome do programa de televisão que tem função crucial no filme – o apresentador dele que fala a célebre frase “I said… We got a winner“. E já que estamos no assunto, uma dica: a película dirigida por Darren Aronofsky (que também dirigiu Cisne Negro) é obrigatória para qualquer pessoa que viva o mundo da música eletrônica e, consequentemente, das drogas (por mais que não as use).
Ontem mais um capítulo foi escrito na história da invasão da música eletrônica (ou EDM, como eles chamam) está protagonizando nos Estados Unidos. Depois dos impressionantes 3 Grammys que Skrillex levou no começo deste ano, agora foi a vez da MTV americana começar a reconhecer os principais produtores do estilo. A premiação deste ano foi dominada pelos artistas de black music, como vem acontecendo há quase uma década, mas dois “intrusos” abocanharam 3 prêmios: Calvin Harris e Skrillex.
Calvin Harris levou o prêmio de melhor video de EDM, por Feel So Close, e o prêmio de melhor video do ano, o principal da noite, por We Found Love, sua colaboração com Rihanna. Além dele, Skrillex ficou com o prêmio de melhores efeitos visuais, pelo clipe de First of The Year (Equinox). Confiram os 3 videos premiados:
Calvin Harris – Feel So Close
Rihanna – We Found Love ft. Calvin Harris
Skrillex – First of The Year (Equinox)
Alguns com certeza dirão “isso nem é música eletrônica”, ou “prefiro que essas coisas nem toquem na minha rave/balada”. OK, também não achamos estas tracks nada de sensacional, mas vamos lembrar da análise que Richie Hawtin fez no começo do ano: quanto mais os americanos gostarem da EDM mainstream, mais a EDM underground tem a ganhar, com a injeção de dinheiro na cena e a expansão e renovação do público.
Para conferir os outros premiados pelo VMA 2012, clique aqui.
O que vem sendo profetizado há alguns meses começa a se tornar realidade. O núcleo Kaballah, um dos maiores do Brasil e mais queridos de Curitiba, irá retornar ao Paraná em outubro. Ainda não será para uma grande open air como as que aconteceram entre 2007 e 2009 (apesar de já existirem movimentos nos bastidores que podem possibilitar sua realização em 2013), mas será com um Showcase de respeito.
O grande artista que encabeçará a festa é o alemão Oliver Huntemann, um dos produtores de techno mais aclamados nos últimos tempos. Tem sido nome constante em charts e sets de techno no mundo todo graças a seu excelente álbum Paranoia, lançado ano passado, e ao Play! 04 EP, lançado há poucas semanas. Suas parcerias com outros ídolos da cena nacional, como Stephan Bodzin e Dubfire, lhe rendem ainda mais respeito.
Dando mais força a essa “noite do techno”, outros 3 nomes: Mandraks, DJ paulista que vem se destacando no casting da Entourage; Kultra, nossos residentes que tocam um techno envolvente e empolgante; e Cheap Konduktor, prata-da-casa do Club! que vem surpreendendo a cena curitibana com um techno pesado e sério;
A casa escolhida para abrigar um retorno tão aguardado é o Club!, a recém-inaugurada balada que vem promovendo noites memoráveis, como as de Victor Ruiz, Tocadisco, Ticon e Olivier Giacomotto. Os ingressos de primeiro lote custarão R$ 40,00 (masc.) e R$ 20,00 (fem.), e estão à venda na rede Alô Ingressos:
No primeiro semestre deste ano nós do Psicodelia.org participamos ativamente da produção da Brasuca, que estreou na cena no dia 2 de junho, com uma festa memorável. A open air será anual, mas enquanto a próxima edição não chega, eventos indoor serão promovidos pela marca, com a mesma proposta de sempre: enaltecer a nossa brasilidade e apresentar música de qualidade e inovadora. Estas edições em baladas serão sempre realizadas no Club!, a mais nova casa de música eletrônica de Curitiba, e por isso as festas receberão o nome de Brasuca Club!.
Para a primeira edição, o Club! irá se transformar numa verdadeira caverna: o prog dark será a trilha sonora da noite. O convidado internacional dela será Grouch, o neo-zelandês que foi a sensação do último Universo Paralello, tendo tocado duas vezes (no Main Stage e no 303 Stage) e se tornado o nome mais elogiado do festival. Além dele, o lado obscuro do progressivo contará também com Parallel Waves, nosso ex-colaborador que surpreendeu a todos na Brasuca, e Urucubaca, que vem se destacando na cena psicodélica paranaense.
Além deles, outros dois progressivos psicodélicos completam o line-up: Vegas, um catarinense que tem se destacado muito na cena nacional, e Element, um dos residentes e organizadores da Brasuca.
A festa acontece no dia 5 de outubro, sexta-feira, a partir das 23h. Os preços estão acessíveis: o primeiro lote promocional está saindo por R$ 25,00 para homens e R$ 15,00 para mulheres, mas é melhor correr para garantir – o segundo lote sobe para R$ 40,00 (masc.) e R$ 30,00 (fem.). As vendas acontecem pelo site Alô Ingressos e seus pontos-de-venda físicos, como as Livrarias Curitiba por exemplo.