Autor: Mohamad Hajar

  • Os melhores e os piores de 2012 na música eletrônica

    ANTES DE LER, LEMBRE-SE DO ÓBVIO: nós não somos e nem pretendemos ser donos da verdade absoluta. Tudo o que escrevemos são textos opinativos baseados na vivência da nossa equipe de editores. Posts polêmicos como o de hoje existem exatamente para acender o debate e fazer mais pessoas declararem suas opiniões, concordando ou não conosco.

    Não temos nada contra nenhuma das marcas e artistas citadas no lado negativo do post, muito pelo contrário: tentamos fazer a crítica construtíva para que eles sejam motivo de discussão e, quem sabe, figurem no lado positivo em 2013.

    Torcemos muito pelo sucesso de todas as 14 figuras citadas no post, elogiando ou criticando. (OK, não torcemos tantao assim pelo Guetta :P)

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    O fim do ano é uma época muito peculiar, em que todos nós vivemos alguns eventos especiais. Estou falando de shoppings e lojas lotadíssimos, musiquinha da Simone rolando em todos os lugares, décimo-terceiro inteiro virando presente de natal, provas finais na faculdade…

    OK, olhando por esse lado parece ruim, mas tem uma coisa que é muito legal em dezembro: retrospectivas. Há anos a Globo nos entrete com o tal Retrospectiva XXXX, o programa que passa dia 30/12 e revive os momentos relevantes do ano. Hoje em dia existem diversas outras opções mais rápidas e divertidas, como a retrospectiva do Google e do YouTube – e nós não poderíamos ficar sem a nossa.

    Hoje começa uma série de posts que irá reviver o que rolou em 2012 na cena eletrônica. O primeiro deles – este – faz um apanhado geral de destaques positivos e negativos, em 7 categorias diferentes. Lembrando que é uma análise pessoal, isenta de qualquer responsabilidade de ser a próxima verdade absoluta do mundo.

    Festival


    Em alta: Tribaltech – The End

    E depois de 2 anos com desconfiança do público, a Tribaltech finalmente provou seu valor. A edição final da marca cumpriu perfeitamente seu papel de ser o “gran finale”: uma festa com tudo nos conformes, apresentações épicas para todos os palcos e um clima excelente. O público foi unânime nos elogios pós-festa, e o nosso review foi um dos posts mais comentados do ano. Que venha 2013, com todas as novidades que a T2 Eventos deverá nos trazer para substituir a TT! 

    Em baixa: XXXperience 16 Anos

    A festa em si foi muito boa. O line-up estava condizente com a proposta, os DJs se apresentaram bem no geral, a estrutura e o sound system estavam bons, porém… A data foi péssima. Fazer uma festa no domingo e na segunda de um feriado que só existe em algumas cidades não é uma boa idéia, agora, isso acontecer com um evento que já estava marcado para outra data, foi praticamente um chamado pela revolta popular. As pessoas reclamaram muito nas redes sociais, muitos moradores de cidades que não tinham o feriado devolveram seus ingressos e isso tudo refletiu no evento, que foi um fracasso de público. Uma pena, mas esperamos que tenha servido de lição para o evento, que agora pertence à GEO (produtora do Lollapalooza, ligada às Organizações Globo) e deve retornar em 2013 com força total.

    Club


     

    Em alta: Clash Club

    O Clash poderia estar no bloco de baixo se não fosse uma revolução no finalzinho do ano. Depois de anos preso a uma mesma proposta já batida, o Clash fez uma reviravolta na sua curadoria artística e passou a fazer algumas apostas ousadíssimas. Trouxe a primeira festa de grande porte de dubstep (com Nero) e hardstyle (com Headhunterz e Wildstylez), dois estilos que estão em alta no exterior e são praticamente inexistentes no Brasil. Além de praticamente criarem esta nova cena, mantiveram-se fiéis ao techno que os consagrou, tendo realizado o Circuito com Marco Carola e contratado Glen como residente da casa. Tudo indica que ele deverá ser a casa das grandes festas paulistanas de 2013!

    Em baixa: Warung Beach Club

    O Warung é o chamado templo da música eletrônica. Tanto sua ambientação como sua curadoria artística visionária sempre contribuiram para isto, porém, em 2012 pouco se viu nesse sentido. Já há algum tempo, o Warung vem dando as costas para a diversidade artística que o consagrou, para focar apenas em deep house (e alguns seletos artistas de techno). A casa, que ao longo dos seus 10 anos recebeu desde Rica Amaral até DJ Marky, passando por D-Nox & Beckers, Deep Dish, Richie Hawtin, Layo & Bushwacka e Booka Shade, se prendeu a uma mesma panelinha de artistas durante o ano todo, repetindo figurinhas carimbadas tanto no âmbito dos headliners, como nos artistas do line-up de apoio. Não que estes DJs sejam ruins, mas está faltando diversidade. Para 2013 já vemos uma melhora no cenário, com a confirmação de Magda, Matador e Richie Hawtin para este verão, sem contar a já realizada festa com Sasha. Esperamos que o templo volte a ter olhos para outros nichos da música eletronica.

    DJ Nacional


     

    Em alta: Felguk 

    É controverso, mas não adianta: os cariocas são os brasileiros do momento. Além de manterem-se no Top 100 da DJ Mag, eles tocaram no Tomorrowland e no Burning Man, produziram a trilha oficial do Electric Daisy Carnival e lançaram diversas tracks com relevância global. Sem dúvidas, um ano de ouro para Felipe e Gustavo.

    Em baixa: Gabe 

    Gabriel Serrasqueiro é um dos mais talentosos produtores do Brasil. Já foi 55º no Top 100 da DJ Mag tocando psytrance sob a alcunha Wrecked Machines, ganhou as multidões ao lado de Riktam (GMS) tocando como Growling Machines, foi um dos poucos ex-psyzeros a lançar um projeto techno de qualidade (vide Sonar Room e Fidelidade) e deu uma grande tacada ao adicionar brasilidade à música eletrônica sem parecer manjado, com Tudo Vem. Porém, parou por aí. Desde 2011 ele embarcou em uma viagem deep/nu-disco e perdeu os fãs. O cara que antes era certeza de festa cheia hoje malmente coloca 400 pessoas em um club – acabou virando line-up de apoio para estrangeiros. Nomes que antigamente se espelhavam nele, como Victor Ruiz e Glitter, hoje possuem muito mais prestígio perante o público. Uma pena. 

    DJ internacional


    Em alta: Richie Hawtin

    Esta talvez tenha sido a seleção mais difícil, mas foi o trabalho feito fora dos palcos que garantiu a Hawtin o título. Além de ser um excelente DJ, dono de mais de 20 anos de história e toda uma legião de fãs, Hawtin fez muito pela música. Começou com o lançamento da sua festa no Space Ibiza: toda quinta-feira a ENTER. misturou techno, saquê e diversão para o público do club #1 do mundo. A festa foi o palco de consolidação para alguns pupilos da Minus, como Matador, Hobo e Click Box, e passou a ser objeto de desejo do resto do mundo quando assinou um palco no Creamfields Buenos Aires e mostrou que a marca será itinerante. Não suficiente, o inglês-canadense lançou a tour CNTRL: Beyond EDM, que rodou os EUA e o Canadá por 1 mês levando a cultura eletrônica para universitários do país e lhe rendeu a chave da sua “cidade-natal”, entregues pelo próprio prefeito. Impossível alguém ter feito mais pela música eletrônica em 2012 do que ele.

    Em baixa: Swedish House Mafia

    Uma ótima tacada de marketing e um favor para a música: esta é a melhor forma de classificar o fim da carreira do trio sueco. Depois de ganhar uma multidão leiga parecida com os fãs do David Guetta, o SHM começou a virar motivo de chacota entre os adoradores da tal “EDM séria”. Sempre que era necessária uma referência para música eletrônica vazia, eles eram utilizados da mesma forma que se utiliza Guetta, e o video denunciando o dead act de Steve Angello foi a cereja do bolo. Terminar a carreira foi certeiro pois além de sairem de cena antes da decadência, ainda foi possível super-faturar os últimos shows. Em março de 2013 o UMF Miami irá hospedar o último show de Steve Angello, Sebastian Ingrosso e Axwell juntos, que devem seguir em carreira solo e voltar a serem DJs comuns de house. 

    Apresentação


    Para ser lembrada: Justice no Sónar

    O Sónar se classifica como um festival de “música eletrônica avançada” não de forma prepotente, e sim de forma a mostrar que cada artista do seu line-up deve ter algo bem inovador para apresentar. Por isso estavam lá os graves e vocais de James Blake, o moombahton de Munchi, o audiovisual 3D de Kraftwerk, o som inclassificável de Totally Enormous Extinct Dinosaurs, o techno inovador de Modeselektor. Mesmo com este time de primeira, o live de Justice foi considerado o melhor show do evento pela mídia especializada, graças ao seu palco e ao som futurista. Com certeza uma apresentação que ficará na história da cena nacional, e que deve ter influenciado muitos artistas que deverão surgir nos próximos anos.

    Para ser esquecida: Justice no Dream Valley

    Seis meses se passaram e os mesmos franceses protagonizaram a maior vergonha do ano no país. Provavelmente impressionados pelo feedback do live no Sónar, o pessoal do Dream Valley resolveu contratá-los para tocar no segundo dia do evento, depois de Zedd e antes de David Guetta. Para completar, contraram o DJ Set, e não o Live. O resultado foi lastimável: o publico do evento, que curte big room, electro house e sons de fácil digestão e grande euforia, não compreendeu o house francês e cabeçudo da dupla. Além de ser um som totalmente fora de contexto, o set foi realmente mal construído, o que resultou em algumas vaias para eles.

    Falácia na mídia


    O pau-na-mesa: Deadmau5

    Podemos dizer que Joel Zimmermann é o troll de internet mais famoso do mundo. Seu nome provém do IRC, rede famosa nos anos 90 que hoje é sinônimo de saudosismo entre nerds e geeks, seus clipes e até mesmo músicas fazem referência ao mundo virtual, e ele não economiza palavras na hora de falar o que pensa. Uma das polêmicas mais notáveis foi quando ele criticou Madonna pela grande apologia às drogas, presentes no título do seu último álbum (MDNA) e em um show no qual ela perguntou ao público se eles já conheciam Molly (um apelido para o MD). Porém, ele não ficou só no mundo pop, tendo tido discussões com DJ Sneak, além da sua afirmação de que sim, ele e a maioria dos “melhores DJs do mundo” não são DJs e só apertam o play mesmo, e que a mágica ele faz em estúdio. Isso para não mencionar sua campanha pedindo votos para o Meowingtons (seu gato de estimação) para o Top 100 da DJ Mag. Com certeza foi um dos que mais recebeu votos, mas obviamente a revista invalidou todos eles. 

    O babaca: David Guetta

    Primeiro, o francês dá uma declaração mal-construída indicando que vai encerrar a carreira. Depois justifica, dizendo que é só um projeto paralelo focado no underground (que pouco fez até o momento). Não bastassem essas falácias, sua atitude nos bastidores dos shows brasileiros mostraram o quão babaca é o ex #1 do mundo. A lista normal de exigências de Steve Aoki já causou polêmica, mas se a de Guetta vazasse com certeza ia ser muito mais impactante. Desde coisas como 2 SUVs blindados para transportar ele e sua equipe até o evento, passando por camarim exclusivo (ele não se mistura não com os “amigos” top DJs como Zedd e Hardwell), evacuação da sala de imprensa para o momento da sua chegada e culminando na total proibição de captação de fotos e videos durante seu show (exceto nas músicas 3, 4 e 5) só mostram quão mal o pop-americano Billboard fez para a humildade do cidadão. Os mesmos eventos receberam o outro top mainstream Armin van Buuren, que deu um show de simpatia e humildade, só para efeitos comparativos. Shame on you, David!

    Psytrance


     

    Em alta: progressivo

    Entre 2005 e 2007 o psytrance foi a moda maior em se tratando de música eletrônica, mas a onda passou e ele viveu alguns anos difíceis na sequência. Vários artistas migraram para techno ou house (ou “low BPM”, como gostam de chamar), e os poucos que sobraram sofriam para conseguir gigs. Foi aí que uma das vertentes do psy se sobressaiu e garantiu a vida do estilo: o progressivo. Seja pelo lado off-beat com Neelix e Day Din, pelo lado introspectivo com Ace Ventura e Ritmo ou pelo lado dark com Grouch e Shadow FX, o prog cresceu assustadoramente e hoje é maior que o full on, sendo a principal referência de psy para o mundo. Alguns artistas que não migraram para o techno/house, acabaram se rendendo ao prog, como X-Noize (Major7) e Pixel.

    Em baixa: full on mainstream

    Apesar do grande crescimento do prog, o full on não deixou de existir, e a prova disso foi a Tribaltech e a Playground de Curitiba deste ano. Enquanto a TT investiu pesado no underground do full on, com nomes como Avalon e Killerwatts, a Playground apostou nos medalhões Skazi, Astrix e Sesto Sento. E contra todas as apostas, o primeiro time venceu. O Psy Stage ficou lotado a festa toda e esses artistas foram muito elogiados na sequência, enquanto que os antigos ídolos foram criticados pela mesmice apresentada, sendo elogiados apenas pelo fator nostálgico dos seus sets. Até mesmo o Krome Angels, único pop “infiltrado” na TT, decepcionou os fãs. Aparentemente, o público leigo saiu da cena psy, ficando apenas pessoas que compreendem a música e valorizam quem a faz direito. 

  • Element e Mental Broadcast se unem para formar o Elemental

    Foi anunciado ontem o lançamento de um novo projeto de progressive psytrance nacional, composto por Marco Lisa (Element) e Roma Dias (Mental Broadcast). O nome escolhido é Elemental, e pode-se dizer que os fatores a se destacar dessa junção são experiência e talento. 

    Roma Dias está atuando fielmente na cena psicodélica desde 2002 quando iniciou sua jornada nas squat parties em Londres. Seu gosto ousado para música e suas habilidades naturais para mixagem logo ganharam a atenção do público, levando-o a ser convidado a fazer parte do casting seleto da Alchemy Recs. De volta ao Brasil, já em 2006 ele lança de fato seu projeto conceituado mundialmente, Mental Broadcast. Em 2008 lançou seu primeiro EP chamado “Transmission” e logo em seguida lançou varias tracks por diversas gravadoras na América do sul e Europa, entre elas a compilação “Mental Box” em 2010 e em abril de 2011 seu álbum “SIGNALS”, consagrando-o no cenário do trance mundial. MENTAL BROADCAST também já se apresentou nos maiores festivais do mundo como XXXPerience e Universo Paralello no Brasil, Boom Festival e Utopia Festival em Portugal, VuuV Festival na Alemanha, The Experience, Half Moon e Black Moon na Tailândia, Rainbow Serpent e Maitreya Festival na Austrália dentre várias outras tours pela Europa e Ásia.

    Marco Lisa (Element), desponta como um artista completo em uma cena que se recicla e que batalha para se manter no topo do país quando o assunto é música eletrônica. Com suas raízes fixadas no techno dos anos 90, ainda em São Paulo, apesar de envolvido desde então, o artista resolveu investir em sua carreira profissionalmente somente em 2009 e tratou logo de botar em prática todo o seu conhecimento musical adquirido fazendo com que seu sucesso viesse a toda de forma abrupta. Combinando conhecimento, técnica e ousadia, em pouco tempo Element já realizou parcerias e conquistou respeito dos maiores ícones da cena mundial, além de apresentações de destaque nos maiores eventos e festivais do país, tais como XXXPerience, Universo Paralello, Soulvision, Respect, Virada Cultural Paulista, Electrance, Chemical Music Festival, Magnetronic, Earthdance, além de ter se tornado residente oficial da Tribaltech, um dos eventos mais conceituados do Brasil.

    O primeiro material da dupla já está rodando a internet. Trata-se de um preview da track Story Of One Conscience, uma das produções próprias deles. Ouçam:

    SERVIÇO 

    Fanpage Element: http://facebook.com/elementmusic
    Fanpage Mental Broadcast:http://facebook.com/mentalbroadcastofficial

  • Conheça a campanha Por Mais Sorrisos Neste Natal

    O mundo da música eletrônica é movido a diversão: nossas pautas geralmente são ligadas a clubs, festivais, eventos caros e coisas do gênero. Não seremos hipócritas de aderir ao discurso do “enquanto você enche a cara tem gente passando fome” – não é errado se divertir, acredito que todos trabalhamos e lutamos para ter esta merecida recompensa, mas não podemos nunca esquecer deste lado obscuro do mundo, das pessoas que talvez nunca tenham a chance de usufruir destes prazeres.

    Pensando nisso, nós do Psicodelia.org e os nossos parceiros da Yellow, decidimos criar a campanha Por Mais Sorrisos Neste Natal. Ele não é nenhum Criança Esperança que pretende arrecadar milhões para resolver todos os problemas do país, mas já é um primeiro passo para começarmos a, cada vez mais, fazermos a nossa parte. A campanha é simples: estamos arrecadando brinquedos para presentear crianças carentes neste natal, e a arrecadação acontece de duas formas. Quem é de Curitiba poderá ir à sede da Yellow (R. Visc. de Nácar, 1165, 7º andar) ou na festa desta sexta no Club! (Av. Água Verde, 66) e deixar o seu presente debaixo desta linda árvore de natal:

    Lembrando que o brinquedo deve ser novo, ou se for usado, tem que estar em ótimo estado. Esta doação deverá ser feita até o próximo sábado (15/12), pois na semana seguinte a escola entra em férias coletivas. Tudo o que for arrecadado será doado no próprio dia 15/12, para a APACN (Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia).

    A segunda forma de doar é voltada para as pessoas do Brasil todo, que não podem visitar a Yellow nesta semana. Criamos uma Vakinha (para quem não conhece, é um site voltado para arrecadações de qualquer natureza) para que todos vocês possam nos ajudar. O site permite que o montante arrecadado seja acompanhado em tempo real por qualquer pessoa, lhes garantindo que não haverá fraude. A Vakinha ficará disponível até sexta-feira da semana que vem (21/12), pois no sábado sacaremos todo o dinheiro, iremos a uma loja de brinquedo fazer compras (e a nota fiscal será publicada aqui), para na tarde deste mesmo dia visitar a APACN e fazer as doações.

    A doação mínima é de R$ 5,00 e não existe máximo. Para contribuir, use o botão abaixo:

    Esta campanha está sendo apoiada por diversos parceiros da cena, a quem gostaríamos de agradecer aqui:

    Caso o volume doado extrapole as nossas expectativas, podemos inclusive nomear outras instituições para dividir o montante. Portanto, não deixem de participar 🙂

  • Fatboy Slim leva Big Beach Boutique para as areias de Balneário Camboriú

    Pela primeira vez, Fatboy Slim desembarca no sul do Brasil para apresentar com exclusividade o Big Beach Boutique. O evento será a única apresentação do projeto no Brasil ao ar livre e à beira mar, nos moldes da tradicional versão inglesa que gerou um dos DVDs de música eletrônica mais exibidos no mundo (inclusive nos cinemas). Na festa, marcada para acontecer no dia 03 de janeiro de 2013 a partir das 17h, nas areias da Barra Sul, em Balneário Camboriú, o aclamado DJ inglês promete exibir um set ainda mais eletrizante dentro de um cenário com ares de superprodução. 

    O Big Beach Boutique Brasil chega com mega estrutura e equipamentos de som e iluminação de última geração. O espaço do evento será montado no formato de arena, a exemplo de outros lugares do mundo, à beira mar, e contará com três áreas para o público: pista, camarotes e backstage. Nesta área com dimensão de cerca de cinco mil metros quadrados serão disponibilizados banheiros químicos e serviços exclusivos de bares e segurança. A idealização e produção do Big Beach Boutique Brasil são assinadas pelo Green Valley em parceria com a Indústria de Entretenimento, juntamente com as agências internacionais Anglo Management e William Morris Environment. 

    O Big Beach Boutique

    Em 2001, Fatboy Slim realizou a primeira edição do Big Beach Boutique em Bringhton, sua terra natal, na Inglaterra. A apresentação memorável que recebeu cerca de 200 mil pessoas – o mesmo número de habitantes da cidade – o projetou para o mundo. De lá para cá já foram mais quatro edições em Bringhton: três delas, na praia (2002/2007/2008) e a última – o Big Beach Boutique 5 – aconteceu em meados deste ano  no estádio de futebol AMEX e reuniu aproximadamente 40 mil pessoas. Além da Inglaterra, o super evento de música eletrônica também já desembarcou nas praias de Tóquio e em 2013, a capital japonesa recebe a quarta edição consecutiva.

    SERVIÇO

    Data: 03 de janeiro de 2013
    Horário: 17h
    Endereço: Praia Barra Sul, Balneário Camboriú-SC
    Censura: 18 anos
    Informações: (47) 3360-8097
    Valores dos ingressos (1o lote):

    • Pista: R$ 40,00 (Fem.) e R$ 60,00 (Masc.)
    • Camarote: R$ 110,00 (Fem.) e R$ 130,00 (Masc.)
    • Backstage: R$ 240,00 (Fem.) e R$ 260,00 (Masc.)    

    Pontos de vendas: Ingresso Nacional

     

     

  • Fatboy Slim leva Big Beach Boutique para as areias de Balneário Camboriú

     

    Pela primeira vez, Fatboy Slim desembarca no sul do Brasil para apresentar com exclusividade o Big Beach Boutique. O evento será a única apresentação do projeto no Brasil ao ar livre e à beira mar, nos moldes da tradicional versão inglesa que gerou um dos DVDs de música eletrônica mais exibidos no mundo (inclusive nos cinemas). Na festa, marcada para acontecer no dia 03 de janeiro de 2013 a partir das 17h, nas areias da Barra Sul, em Balneário Camboriú, o aclamado DJ inglês promete exibir um set ainda mais eletrizante dentro de um cenário com ares de superprodução. 

    O Big Beach Boutique Brasil chega com mega estrutura e equipamentos de som e iluminação de última geração. O espaço do evento será montado no formato de arena, a exemplo de outros lugares do mundo, à beira mar, e contará com três áreas para o público: pista, camarotes e backstage. Nesta área com dimensão de cerca de cinco mil metros quadrados serão disponibilizados banheiros químicos e serviços exclusivos de bares e segurança. A idealização e produção do Big Beach Boutique Brasil são assinadas pelo Green Valley em parceria com a Indústria de Entretenimento, juntamente com as agências internacionais Anglo Management e William Morris Environment. 

    O Big Beach Boutique 

    Em 2001, Fatboy Slim realizou a primeira edição do Big Beach Boutique em Bringhton, sua terra natal, na Inglaterra. A apresentação memorável que recebeu cerca de 200 mil pessoas – o mesmo número de habitantes da cidade – o projetou para o mundo. De lá para cá já foram mais quatro edições em Bringhton: três delas, na praia (2002/2007/2008) e a última – o Big Beach Boutique 5 – aconteceu em meados deste ano  no estádio de futebol AMEX e reuniu aproximadamente 40 mil pessoas. Além da Inglaterra, o super evento de música eletrônica também já desembarcou nas praias de Tóquio e em 2013, a capital japonesa recebe a quarta edição consecutiva.

    SERVIÇO

    Data: 03 de janeiro de 2013
    Horário: 17h
    Endereço: Praia Barra Sul, Balneário Camboriú-SC
    Censura: 18 anos
    Informações: (47) 3360-8097
    Valores dos ingressos (1o lote):

    • Pista: R$ 40,00 (Fem.) e R$ 60,00 (Masc.)
    • Camarote: R$ 110,00 (Fem.) e R$ 130,00 (Masc.)
    • Backstage: R$ 240,00 (Fem.) e R$ 260,00 (Masc.)    

    Pontos de vendas: Ingresso Nacional

     

     

  • Mitos e verdades sobre as drogas

    Graças a mídias de massa conservadoras e tendenciosas (como a revista Veja), o imaginário coletivo possui diversos conceitos prontos sobre as drogas que nem sempre são verdade. Numa tacada de mestre, o UOL reuniu diversos destes “sensos comuns” e chamou especialistas para comentá-los, dizendo se são mitos ou verdades. Abaixo você confere a íntegra desta reportagem, que é de grande utilidade pública.

    ÁLCOOL É A DROGA QUE MAIS MATA NO MUNDO

    VERDADE: no mundo e no Brasil, o álcool é a droga com maior índice de mortalidade e de morbidade, ou seja, de incapacitação do usuário. “O álcool é fator de risco para uma série de doenças. Embora muitas drogas levem à morte, em termos de saúde pública o álcool é a mais grave porque o consumo é elevado”, afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. Segundo a médica, cerca de 80% da população consome álcool; o número de usuários de drogas ilícitas gira em torno de 1%, com exceção da maconha, que fica por volta de 7%.

    MACONHA CAUSA INFERTILIDADE

    PARCIALMENTE VERDADE: pesquisas em laboratório mostraram que a maconha pode levar a uma queda na quantidade de espermatozoides e fazer com que eles se locomovam de maneira um pouco diferente, mais lentamente. “Na vida real, porém, não há nada comprovando que isso cause infertilidade entre os usuários”, explica o psiquiatra do Hospital da Clínicas de São Paulo Ivan Mario Braun, autor do livro “Drogas – perguntas e respostas”.

    CONSUMO “RECREATIVO” DE DROGAS NÃO TRAZ PREJUÍZOS A LONGO PRAZO

    PARCIALMENTE VERDADE: os prejuízos vão depender do tipo de droga e de quão eventual é esse consumo “recreativo”. “É muito tênue o limite entre o ‘recreativo’ e o vício. Além disso, mesmo o consumo eventual pode provocar acidentes e levar ao sexo desprotegido”, afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. Também é preciso levar em conta que cocaína, heroína e crack viciam com facilidade e, portanto, é difícil manter um consumo apenas “recreativo”.

    MACONHA PODE COMBATER OUTROS VÍCIOS, COMO CRACK E COCAÍNA

    PARCIALMENTE VERDADE: embora existam algumas experiências e até pesquisas científicas apontando nesse sentido, usar a maconha para se livrar de outros vícios é contestável sob o ponto de vista médico, diz o psiquiatra Ivan Mario Braun. “Existem outros tratamentos melhores, mais aceitos. Não faz sentido você passar de uma droga para outra”, afirma.

    TODO REMÉDIO TARJA PRETA VICIA

    VERDADE: são identificados com uma tarja preta na embalagem os remédios benzodiazepínicos, como Rivotril, Lexotam, Diazepan, Frontal, Valium e Dormonid, que têm potencial para causar dependência, além de prejudicar a memória e estarem relacionados a quedas em idosos. Portanto, sua venda é controlada e a receita fica retida na farmácia. Mas isso não significa que os demais medicamentos sejam seguros. “As anfetaminas causam muito mais dependência e não são ‘tarja preta’. E há ainda outras substâncias perigosas. O zolpidem, por exemplo, tem mecanismo de ação muito semelhante aos benzodiazepínicos, mas é vendido com receita normal”, afirma o psiquiatra Ivan Mario Braun.

    JOVENS SÃO A PARCELA DA POPULAÇÃO QUE MAIS CONSOME DROGAS

    VERDADE: estudos epidemiológicos mostram que o consumo de drogas ilícitas é mais elevado entre a população de até 24 anos. Para algumas drogas específicas, porém, a distribuição é diferente. “No caso das anfetaminas, por exemplo, o maior consumo é entre mulheres na faixa dos 40 anos. Já o consumo de álcool é distribuído por todas as faixas etárias”, afirma o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) da Unifesp.

    CRACK É UMA DROGA USADA SOMENTE PELOS POBRES

    MITO: o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp, explica que o crack, por ser realmente muito barato, é a única opção de consumo para a parcela mais pobre. Porém, ele garante que há entre os usuários do crack uma parcela que é de classe média e alta.

    CRACK LEVA À DEGRADAÇÃO COMPLETA

    MITO: as imagens das cracolândias por todo o país dão a impressão de que o crack sempre leva ao extremo da degradação, que o viciado acaba como indigente, o que não é verdade para todos os usuários. “Nem todo mundo vai por esse caminho, tem gente que consegue manter o uso e ter uma vida produtiva”, garante o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) da Unifesp.

    O ECSTASY É UMA DROGA LEVE QUE NÃO CAUSA DEPENDÊNCIA

    MITO: embora reconheçam que o ecstasy está entre as drogas com o menor potencial de causar dependência, os especialistas evitam classificar a droga como ‘leve’ por causas dos riscos à saúde que provoca. “Mas de fato ela é muito usada de maneira eventual, ‘recreacional’, em festas, e no restante do tempo o usuário leva uma vida normal”, diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp.

    CONSUMIR COCAÍNA NA FORMA INJETÁVEL VICIA MAIS FÁCIL

    VERDADE: embora a substância seja a mesma, a forma aspirável da cocaína causa menos dependência, ou, ao menos, demora mais para viciar, explica o o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp: “Na forma injetável a concentração da droga no sangue sobe rapidamente. E sempre que o ‘pico’ de ação da droga é maior, maior o risco de dependência”.

    REMÉDIOS COM CLONAZEPAM CORTAM O EFEITO DA COCAÍNA E DO ECSTASY

    VERDADE: a combinação, no entanto, é extremamente perigosa, alerta o o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp. “Também é bem frequente as pessoas associarem a cocaína e o álcool, uma droga que excita, outra que deprime, fazendo um ciclo”, diz. O perigo deve-se a duas razões: ao juntar duas drogas, formam-se novas moléculas no corpo, que podem ser ainda mais agressivas; a quantidade consumida das drogas acaba sendo maior. “Beber muito dá sono. Mas em vez de ir dormir, e parar de beber, a pessoa usa cocaína e logo fica com vontade de beber mais”, diz Silveira.

    ANFETAMÍNICOS AJUDAM A PERDER PESO

    VERDADE: essas drogas, no entanto, só devem ser usadas para emagrecer sob rigorosa orientação médica e nutricional, porque têm alto potencial de causar dependência, alerta o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) da Unifesp.

    A TENDÊNCIA AO ALCOOLISMO É HEREDITÁRIA

    VERDADE: estima-se que 40% do risco de uma pessoa ter problemas de alcoolismo pode ser explicado por questões genéticas, afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. “É um fator relevante para o abuso e dependência tanto de forma direta, de haver certos genes ligados ao problema, quanto indireta, ou seja, traços de personalidade que predispõe ao vício”, diz. Também exercem influência fatores ambientais, como a idade em que se iniciou o consumo (quanto mais jovem, maior o risco da dependência) e o padrão de consumo.

    ÁLCOOL AUMENTA O EFEITO DOS CALMANTES/ANSIOLÍTICOS

    VERDADE: álcool e calmantes são dois tipos de drogas que atuam no cérebro como depressores do sistema nervoso central e, por isso mesmo, jamais devem ser usados juntos, alerta a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. “Eles estimulam um neurotransmissor que inibe as funções cerebrais. Usados juntos, há uma potencialização do efeito, aumenta-se o poder de sedação e isso pode levar até a uma parada cardiorrespiratória”, afirma.

    MACONHA PODE PROVOCAR CÂNCER E PROBLEMAS DO CORAÇÃO

    VERDADE: a maconha possuiu substâncias cancerígenas semelhantes às presentes no tabaco, muitas delas numa concentração bem superior às do cigarro. “A questão fica menos importante na maconha porque algumas pessoas chegam a fumar um maço de cigarro por dia, mas ninguém fuma tantos baseados”, explica o psiquiatra Ivan Mario Braun. Segundo o médico, outro efeito que aproxima a maconha do cigarro é, a longo prazo, provocar prejuízos ao sistema cardiovascular. Quem já tem alguma doença do coração corre ainda mais riscos, pois no momento do consumo a maconha acelera os batimentos.

    ANSIOLÍTICOS AJUDAM QUEM SOFRE DE INSÔNIA

    PARCIALMENTE VERDADE: segundo a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital s Clínicas da USP, a insônia é um sintoma secundário de outros problemas, como uma depressão, por exemplo. Mas ela também pode ser provocada por azia, apneia do sono, entre outros fatores. “Se houver de fato uma depressão, deve se tratar a causa. Nesses casos, os remédios podem ser úteis. Mas devem ser prescritos por um médico, para serem usados na dose e por um período seguros”, explica a médica.

    TOMAR ANFETAMINAS ANTES DE PROVAS MELHORA O DESEMPENHO INTELECTUAL

    MITO: embora a natureza do medicamento seja estimular o sistema nervoso central, nem sempre o resultado é a melhora no poder de estudo e concentração. “É perigoso porque você não sabe que reações seu organismo pode ter: pode trazer angústia, ansiedade, dar brancos. Por não ter sido um estudo gradual, alguém que passou a noite estudando à base de anfetaminas pode chegar esgotado na hora da prova”, alerta a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. A médica diz ainda que anfetaminas prejudicam a memória e a capacidade assimilação: “A melhor forma é sempre se organizar e estudar de forma gradual”.

    ECSTASY TEM EFEITO AFRODISÍACO

    PARCIALMENTE VERDADE: O consumo do ecstasy leva a uma grande liberação de serotonina, o que provoca grande prazer em tudo o que o usuário estiver fazendo. “O indivíduo tem uma sensação de bem-estar generalizada; sente muito prazer por estar dançando, por exemplo. Isso também o deixa mais sexualizado, de forma indireta”, explica a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. O problema da droga é que, além do prazer, pode provocar hipertermia, taquicardia e ataques de pânico. Em geral, 48 horas depois o usuário sente depressão, porque a droga esgota o estoque de serotonina no cérebro.

    HÁ DIFERENÇAS ENTRE DEPENDÊNCIA FÍSICA E EMOCIONAL

    PARCIALMENTE VERDADE: essa diferenciação, antes muito usada por médicos, caiu um pouco em desuso. “Não importa se é física ou mental, usamos a palavra dependência segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde”, diz Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital das Clínicas da USP. Entre os critérios para classificar alguém como dependente estão a compulsão para o uso, o aumento da tolerância (precisa usar doses maiores para obter o mesmo efeito) e a síndrome de abstinência (ansiedade quando o uso é reduzido ou cessado).

    CIGARRO É PIOR QUE MACONHA PARA A SAÚDE

    VERDADE: claro que os efeitos vão depender dos hábitos de consumo, mas, de forma geral, o cigarro é pior porque tem um número muito mais elevado de substâncias tóxicas, afirma Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo: “Essas substâncias do cigarro causam alto índice de câncer nas vias aéreas e provocam um forte vício”. Além disso, há quem fume mais de um maço de cigarro por dia, quantidade difícil de ser consumida por um usuário de maconha.

    CIGARRO É O VÍCIO MAIS DIFÍCIL DE SER ABANDONADO

    PARCIALMENTE VERDADE: embora não seja possível afirmar qual é o vício mais complicado de ser encerrado, pesquisas apontam que o cigarro está de fato entre os piores. “Está classificado no mesmo patamar do crack e da heroína como drogas com maior potencial de causar dependência”, afirma Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo. Segundo explica o médico, o nível de dependência está ligado ao prazer que a droga causa no cérebro e o tempo que dura esse prazer, chamado meia vida. Quanto maior o prazer e menor a duração, maior potencial de gerar dependência. “A meia vida do cigarro é de 30 a 60 minutos. A de um copo de cachaça é de até 8 horas”, diz o médico.

    ÁLCOOL NÃO PROVOCA CÂNCER

    MITO: “O álcool é o segundo fator de risco modificável para cânceres, só fica atrás do cigarro”, alerta Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo. Os fatores “modificáveis” são os que advêm dos hábitos das pessoas; os demais são fatores genéticos. “O perigo do cigarro é muito divulgado, mas os efeitos tóxicos do álcool podem provocar câncer por onde ele passa: boca, pescoço, cordas vocais, esôfago, fígado, intestino”, diz o médico. Quanto maior o consumo, maiores os riscos.

    MACONHA QUIMA NEURÔNIO

    PARCIALMENTE VERDADE: estudos comprovam que fumar maconha antes dos 15 anos de idade diminui o QI, mas essas mesmas pesquisas mostram que, após os 20 anos, a maconha não traz problemas cognitivos. “Essa diferença tem a ver com a maturação do cérebro, porque na adolescência ele ainda está terminando de se formar. Entre os 15 e os 20 anos é uma faixa nebulosa, onde não foi possível comprovar qual o impacto. Ainda assim, consideramos uma idade de risco”, explica Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo.

    MACONHA NÃO VICIA

    MITO: apesar de ser uma droga com baixa incidência de dependência, ela tem sim potencial para viciar seus usuários. Estima-se que 10% dos que experimentam maconha acabem se tornando dependentes; o número para quem experimenta heroína chega a 90%. “Em geral, quem começa mais cedo tem mais risco de se tornar dependente, assim como de desenvolver quadros psicóticos, de alucinações e delírios”, informa Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo.

    Matéria original do UOL.

  • Mitos e verdades sobre as drogas

    Graças a mídias de massa conservadoras e tendenciosas (como a revista Veja), o imaginário coletivo possui diversos conceitos prontos sobre as drogas que nem sempre são verdade. Numa tacada de mestre, o UOL reuniu diversos destes “sensos comuns” e chamou especialistas para comentá-los, dizendo se são mitos ou verdades. Abaixo você confere a íntegra desta reportagem, que é de grande utilidade pública.

    ÁLCOOL É A DROGA QUE MAIS MATA NO MUNDO

    VERDADE: no mundo e no Brasil, o álcool é a droga com maior índice de mortalidade e de morbidade, ou seja, de incapacitação do usuário. “O álcool é fator de risco para uma série de doenças. Embora muitas drogas levem à morte, em termos de saúde pública o álcool é a mais grave porque o consumo é elevado”, afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. Segundo a médica, cerca de 80% da população consome álcool; o número de usuários de drogas ilícitas gira em torno de 1%, com exceção da maconha, que fica por volta de 7%.

    MACONHA CAUSA INFERTILIDADE

    PARCIALMENTE VERDADE: pesquisas em laboratório mostraram que a maconha pode levar a uma queda na quantidade de espermatozoides e fazer com que eles se locomovam de maneira um pouco diferente, mais lentamente. “Na vida real, porém, não há nada comprovando que isso cause infertilidade entre os usuários”, explica o psiquiatra do Hospital da Clínicas de São Paulo Ivan Mario Braun, autor do livro “Drogas – perguntas e respostas”.

    CONSUMO “RECREATIVO” DE DROGAS NÃO TRAZ PREJUÍZOS A LONGO PRAZO

    PARCIALMENTE VERDADE: os prejuízos vão depender do tipo de droga e de quão eventual é esse consumo “recreativo”. “É muito tênue o limite entre o ‘recreativo’ e o vício. Além disso, mesmo o consumo eventual pode provocar acidentes e levar ao sexo desprotegido”, afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. Também é preciso levar em conta que cocaína, heroína e crack viciam com facilidade e, portanto, é difícil manter um consumo apenas “recreativo”.

    MACONHA PODE COMBATER OUTROS VÍCIOS, COMO CRACK E COCAÍNA

    PARCIALMENTE VERDADE: embora existam algumas experiências e até pesquisas científicas apontando nesse sentido, usar a maconha para se livrar de outros vícios é contestável sob o ponto de vista médico, diz o psiquiatra Ivan Mario Braun. “Existem outros tratamentos melhores, mais aceitos. Não faz sentido você passar de uma droga para outra”, afirma.

    TODO REMÉDIO TARJA PRETA VICIA

    VERDADE: são identificados com uma tarja preta na embalagem os remédios benzodiazepínicos, como Rivotril, Lexotam, Diazepan, Frontal, Valium e Dormonid, que têm potencial para causar dependência, além de prejudicar a memória e estarem relacionados a quedas em idosos. Portanto, sua venda é controlada e a receita fica retida na farmácia. Mas isso não significa que os demais medicamentos sejam seguros. “As anfetaminas causam muito mais dependência e não são ‘tarja preta’. E há ainda outras substâncias perigosas. O zolpidem, por exemplo, tem mecanismo de ação muito semelhante aos benzodiazepínicos, mas é vendido com receita normal”, afirma o psiquiatra Ivan Mario Braun.

    JOVENS SÃO A PARCELA DA POPULAÇÃO QUE MAIS CONSOME DROGAS

    VERDADE: estudos epidemiológicos mostram que o consumo de drogas ilícitas é mais elevado entre a população de até 24 anos. Para algumas drogas específicas, porém, a distribuição é diferente. “No caso das anfetaminas, por exemplo, o maior consumo é entre mulheres na faixa dos 40 anos. Já o consumo de álcool é distribuído por todas as faixas etárias”, afirma o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) da Unifesp.

    CRACK É UMA DROGA USADA SOMENTE PELOS POBRES

    MITO: o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp, explica que o crack, por ser realmente muito barato, é a única opção de consumo para a parcela mais pobre. Porém, ele garante que há entre os usuários do crack uma parcela que é de classe média e alta.

    CRACK LEVA À DEGRADAÇÃO COMPLETA

    MITO: as imagens das cracolândias por todo o país dão a impressão de que o crack sempre leva ao extremo da degradação, que o viciado acaba como indigente, o que não é verdade para todos os usuários. “Nem todo mundo vai por esse caminho, tem gente que consegue manter o uso e ter uma vida produtiva”, garante o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) da Unifesp.

    O ECSTASY É UMA DROGA LEVE QUE NÃO CAUSA DEPENDÊNCIA

    MITO: embora reconheçam que o ecstasy está entre as drogas com o menor potencial de causar dependência, os especialistas evitam classificar a droga como ‘leve’ por causas dos riscos à saúde que provoca. “Mas de fato ela é muito usada de maneira eventual, ‘recreacional’, em festas, e no restante do tempo o usuário leva uma vida normal”, diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp.

    CONSUMIR COCAÍNA NA FORMA INJETÁVEL VICIA MAIS FÁCIL

    VERDADE: embora a substância seja a mesma, a forma aspirável da cocaína causa menos dependência, ou, ao menos, demora mais para viciar, explica o o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp: “Na forma injetável a concentração da droga no sangue sobe rapidamente. E sempre que o ‘pico’ de ação da droga é maior, maior o risco de dependência”.

    REMÉDIOS COM CLONAZEPAM CORTAM O EFEITO DA COCAÍNA E DO ECSTASY

    VERDADE: a combinação, no entanto, é extremamente perigosa, alerta o o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp. “Também é bem frequente as pessoas associarem a cocaína e o álcool, uma droga que excita, outra que deprime, fazendo um ciclo”, diz. O perigo deve-se a duas razões: ao juntar duas drogas, formam-se novas moléculas no corpo, que podem ser ainda mais agressivas; a quantidade consumida das drogas acaba sendo maior. “Beber muito dá sono. Mas em vez de ir dormir, e parar de beber, a pessoa usa cocaína e logo fica com vontade de beber mais”, diz Silveira.

    ANFETAMÍNICOS AJUDAM A PERDER PESO

    VERDADE: essas drogas, no entanto, só devem ser usadas para emagrecer sob rigorosa orientação médica e nutricional, porque têm alto potencial de causar dependência, alerta o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes) da Unifesp.

    A TENDÊNCIA AO ALCOOLISMO É HEREDITÁRIA

    VERDADE: estima-se que 40% do risco de uma pessoa ter problemas de alcoolismo pode ser explicado por questões genéticas, afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. “É um fator relevante para o abuso e dependência tanto de forma direta, de haver certos genes ligados ao problema, quanto indireta, ou seja, traços de personalidade que predispõe ao vício”, diz. Também exercem influência fatores ambientais, como a idade em que se iniciou o consumo (quanto mais jovem, maior o risco da dependência) e o padrão de consumo.

    ÁLCOOL AUMENTA O EFEITO DOS CALMANTES/ANSIOLÍTICOS

    VERDADE: álcool e calmantes são dois tipos de drogas que atuam no cérebro como depressores do sistema nervoso central e, por isso mesmo, jamais devem ser usados juntos, alerta a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. “Eles estimulam um neurotransmissor que inibe as funções cerebrais. Usados juntos, há uma potencialização do efeito, aumenta-se o poder de sedação e isso pode levar até a uma parada cardiorrespiratória”, afirma.

    MACONHA PODE PROVOCAR CÂNCER E PROBLEMAS DO CORAÇÃO

    VERDADE: a maconha possuiu substâncias cancerígenas semelhantes às presentes no tabaco, muitas delas numa concentração bem superior às do cigarro. “A questão fica menos importante na maconha porque algumas pessoas chegam a fumar um maço de cigarro por dia, mas ninguém fuma tantos baseados”, explica o psiquiatra Ivan Mario Braun. Segundo o médico, outro efeito que aproxima a maconha do cigarro é, a longo prazo, provocar prejuízos ao sistema cardiovascular. Quem já tem alguma doença do coração corre ainda mais riscos, pois no momento do consumo a maconha acelera os batimentos.

    ANSIOLÍTICOS AJUDAM QUEM SOFRE DE INSÔNIA

    PARCIALMENTE VERDADE: segundo a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital s Clínicas da USP, a insônia é um sintoma secundário de outros problemas, como uma depressão, por exemplo. Mas ela também pode ser provocada por azia, apneia do sono, entre outros fatores. “Se houver de fato uma depressão, deve se tratar a causa. Nesses casos, os remédios podem ser úteis. Mas devem ser prescritos por um médico, para serem usados na dose e por um período seguros”, explica a médica.

    TOMAR ANFETAMINAS ANTES DE PROVAS MELHORA O DESEMPENHO INTELECTUAL

    MITO: embora a natureza do medicamento seja estimular o sistema nervoso central, nem sempre o resultado é a melhora no poder de estudo e concentração. “É perigoso porque você não sabe que reações seu organismo pode ter: pode trazer angústia, ansiedade, dar brancos. Por não ter sido um estudo gradual, alguém que passou a noite estudando à base de anfetaminas pode chegar esgotado na hora da prova”, alerta a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. A médica diz ainda que anfetaminas prejudicam a memória e a capacidade assimilação: “A melhor forma é sempre se organizar e estudar de forma gradual”.

    ECSTASY TEM EFEITO AFRODISÍACO

    PARCIALMENTE VERDADE: O consumo do ecstasy leva a uma grande liberação de serotonina, o que provoca grande prazer em tudo o que o usuário estiver fazendo. “O indivíduo tem uma sensação de bem-estar generalizada; sente muito prazer por estar dançando, por exemplo. Isso também o deixa mais sexualizado, de forma indireta”, explica a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. O problema da droga é que, além do prazer, pode provocar hipertermia, taquicardia e ataques de pânico. Em geral, 48 horas depois o usuário sente depressão, porque a droga esgota o estoque de serotonina no cérebro.

    HÁ DIFERENÇAS ENTRE DEPENDÊNCIA FÍSICA E EMOCIONAL

    PARCIALMENTE VERDADE: essa diferenciação, antes muito usada por médicos, caiu um pouco em desuso. “Não importa se é física ou mental, usamos a palavra dependência segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde”, diz Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital das Clínicas da USP. Entre os critérios para classificar alguém como dependente estão a compulsão para o uso, o aumento da tolerância (precisa usar doses maiores para obter o mesmo efeito) e a síndrome de abstinência (ansiedade quando o uso é reduzido ou cessado).

    CIGARRO É PIOR QUE MACONHA PARA A SAÚDE

    VERDADE: claro que os efeitos vão depender dos hábitos de consumo, mas, de forma geral, o cigarro é pior porque tem um número muito mais elevado de substâncias tóxicas, afirma Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo: “Essas substâncias do cigarro causam alto índice de câncer nas vias aéreas e provocam um forte vício”. Além disso, há quem fume mais de um maço de cigarro por dia, quantidade difícil de ser consumida por um usuário de maconha.

    CIGARRO É O VÍCIO MAIS DIFÍCIL DE SER ABANDONADO

    PARCIALMENTE VERDADE: embora não seja possível afirmar qual é o vício mais complicado de ser encerrado, pesquisas apontam que o cigarro está de fato entre os piores. “Está classificado no mesmo patamar do crack e da heroína como drogas com maior potencial de causar dependência”, afirma Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo. Segundo explica o médico, o nível de dependência está ligado ao prazer que a droga causa no cérebro e o tempo que dura esse prazer, chamado meia vida. Quanto maior o prazer e menor a duração, maior potencial de gerar dependência. “A meia vida do cigarro é de 30 a 60 minutos. A de um copo de cachaça é de até 8 horas”, diz o médico.

    ÁLCOOL NÃO PROVOCA CÂNCER

    MITO: “O álcool é o segundo fator de risco modificável para cânceres, só fica atrás do cigarro”, alerta Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo. Os fatores “modificáveis” são os que advêm dos hábitos das pessoas; os demais são fatores genéticos. “O perigo do cigarro é muito divulgado, mas os efeitos tóxicos do álcool podem provocar câncer por onde ele passa: boca, pescoço, cordas vocais, esôfago, fígado, intestino”, diz o médico. Quanto maior o consumo, maiores os riscos.

    MACONHA QUIMA NEURÔNIO

    PARCIALMENTE VERDADE: estudos comprovam que fumar maconha antes dos 15 anos de idade diminui o QI, mas essas mesmas pesquisas mostram que, após os 20 anos, a maconha não traz problemas cognitivos. “Essa diferença tem a ver com a maturação do cérebro, porque na adolescência ele ainda está terminando de se formar. Entre os 15 e os 20 anos é uma faixa nebulosa, onde não foi possível comprovar qual o impacto. Ainda assim, consideramos uma idade de risco”, explica Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo.

    MACONHA NÃO VICIA

    MITO: apesar de ser uma droga com baixa incidência de dependência, ela tem sim potencial para viciar seus usuários. Estima-se que 10% dos que experimentam maconha acabem se tornando dependentes; o número para quem experimenta heroína chega a 90%. “Em geral, quem começa mais cedo tem mais risco de se tornar dependente, assim como de desenvolver quadros psicóticos, de alucinações e delírios”, informa Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo.

    Matéria original do UOL.

  • Felguk e Gui Boratto abrem shows da Madonna sob vaias

    Semana passada, quando a organização dos shows da Madonna no Brasil divulgaram que Will.I.Am havia cancelado suas apresentações na abertura de cada show, e que DJs nacionais iriam substituí-los, confesso que fiquei otimista com a notícia. A seleção aparentemente foi simples: o DJ “local” mais famoso de cada cidade – Gui Boratto em São Paulo, Felguk no Rio de Janeiro e Fabrício Peçanha em Porto Alegre. Escolhas seguras para apresentar a tal EDM para os fãs do pop da Madonna, que convenhamos: atualmente é um electro house com vocais dela. Porém, o tiro saiu pela culatra e os dois primeiros foram vaiados.

    Tanto Gui como Felguk empolgaram num primeiro momento – as primeiras tracks foram dançadas e bem-recebidas pelo público. Porém, depois de alguns minutos a impaciência tomou conta e o público não quis saber quem eram as pessoas lá em cima, qual a proposta delas ou qual a culpa delas no atraso do cronograma da noite (que chegou a 3 horas no RJ e a quase 2 horas em SP) – sonoras vaias foram proferidas contra os profissionais. Nem mesmo a tentativa desesperada dos cariocas de agradar o público pop, tocando Red Hot Chili Peppers e Pink Floyd, acalmou os ânimos. Só mesmo a chegada de Madonna silenciou o público, abafando o ocorrido.

    Para a mídia de massa, o mais relevante foi dizer que Madonna proferiu palavrões e que ela não cantou Like a Virgin, porém para nós fica a dúvida: qual o significado dessas vaias? Os defensores mais ferrenhos diriam que foi culpa do atraso, mas será que se o Will.I.Am estivesse lá, ele também seria vaiado? No caso do Gui Boratto, também é compreensível, afinal seu som é mais “cabeçudo”, e a grande massa não compreenderia com facilidade as tracks dele (fora No Turning Back e Beautiful Life), ainda mais na expectativa de ouvir hits simples e pegajosos, mas e o Felguk? Eles tocaram no Tomorrowland, estão no Top 100 da DJ Mag, já fizeram remix para a própria Madonna. Dá pra se dizer que é o projeto mais mainstream da EDM nacional, e nem eles conseguiram segurar a pista. Será que não é hora de jogarmos um pouco de água gelada naquele sonho de que a música eletrônica não seja encarada como algo diferente, e sim como música apenas? A grande massa brasileira não está pronta para colocar estes nomes no mesmo patamar de Teló, Latino e outros pops duvidosos, assim como o mundo coloca Guetta e Harris no mesmo balaio de Rihanna e Black Eyed Peas?

    Bom, uma coisa é certa: eu não queria estar na pele do Peçanha, que vai abrir o show de Porto Alegre dia 9.

    Update: acabamos de saber que o Felguk foi escalado para “dar uma força” em Porto Alegre, e tocam lá junto com o Peçanha.

  • Música do Mês – Novembro de 2012

    Mensalmente, cada integrante da nossa equipe elege um som que “fez a sua cabeça” ao longo do mês. Aqui estão as sugestões de novembro – uma das melhores seleções até o momento! Tem para todos os gostos, aproveitem 🙂

     

    Thomas Schumacher – Fangbanger

    Mohamad: Novembro foi um mês em que não fiz muitas pesquisas, então vou pegar este release de agosto de um ídolo nacional que anda sumido: Thomas Schumacher. Fangbanger tem uma melodia intensa e emocionante, bem do jeito que ele, Bodzin, Huntemann e Romboy faziam 4 anos atrás, quando foram responsáveis pela conversão de muito brasileiro pro techno. Sim, o drop podia ser mais legal, mas nada que um mash up não resolva 😉

     

     

    Neelix – String Theory

    Ronaldo: Minha escolha de novembro vai para “String Theory” lançada este mês no novo EP do Neelix. Melodia contagiante e uma linha de baixo bem interessante.

     

     

     

    Ray Okpara – Chi This Wonder Up (Rodriguez Jr. Remix)

    João: Poucas vezes um remix se torna melhor que o original. Essa track é um desses casos. O link postado é de um preview solto pelo selo Mobilee Records no Soundcloud. Para quem gostou, aconselho ouvir a track inteira. Dizem que se procurar no google, acha.

     

     

     

    Lucy – Finnegan (Pariah Remix)

    Doriva Rozek: Pra mim disparada a música do mês, quiçá a do semestre. Saiu dia 21 de novembro junto praticamente com a versão digital, pela própria label do Lucy, a inquestionável Curle Recordings, que dá suporte pra uns caras que não sabem nada tipo, Efdemin, Roman Fluegel, Pablo Bolivar etc. Um techno limpo, hipnótico, 130 bpm de mais pura e cristalina psicodelia. 

     

     

    N2DEEP – Back To The Hotel (Tapesh & Dayne S Edit)

    Guilherme Moro: Um verdadeira BOMB! E FREE! TAPESH nunca deixou a desejar! Ótimo remix.

     

     

     

    André Sobota – Found

    Camila Giamelaro: Eu sempre gostei de umas músicas mais viajantes e um belo dia, em casa, à toa, navegando pelo Youtube do Eric Prydz (um dos meus amores eternos e deuses do progressive house) descobri a tal Pryda Friends, que é a gravadora do Prydz. Lá ele disponibilizou algumas tracks de seus artistas e eu já tinha ouvido falar do André Sobota por conta de um release que recebi do pessoal da Entourage (#ficadica de que Sobota é agenciado por eles).

    Foi amor às primeiras batidas e uma vontade incontrolável de vê-lo em ação, e logo, aqui no Brasil.

     

    Henry Cullen (aka Dave the D.R.U.M.M.E.R.) – Tonic (Bootleg)

    Mikael Ouriques: Henry Cullen, lenda do Hard Techno se aventurando por sonoridades menos agressivas. Essa track embalou o meu mês inteiro. Uma pena ser um bootleg.

     

     

     

    Tristan Garner – Digital Rocker

    Leandro Pereira: Recomendo a muito, o cara realmente faz um trabalho que foge um pouco da “rotina”.

     

     

     

    Koen Groeneveld – Upfokker

    Lucas Graczyki: Conheci Koen bem na época em que a maioria os projetos que faziam minimal techno brincalhão (gênero que sou viciado), de verdade, se desbancaram pro tech house massante (nada contra o estilo + não é minha praia), só pra citar de exemplo Format B, Kanio e Popof foram 3 deles. Koen me apareceu com uma linha tão sólida, séria, grooveada e divertida de som que desde então passei a escutar rigorosamente seu podcast mensal, esse que está na sua 51a edição e contém Upfokker no tracklist. Aconselho pra quem gosta do estilo não se limitar a track mas escutar o podcast inteiro, vale o play!!

     

     

     

  • Circuito Techno & House 2013

    Depois de 3 anos revelando talentos na cena paranaense, o Circuito Techno & House avançou um degrau na cadeia evolutiva. Neste ano ele terá uma parceira fortíssima da Yellow DJ Academy e de nós do Psicodelia.org, o que trará novidades para a competição. No post abaixo você saberá todos os detalhes sobre o concurso.

    FORMATO

    O Circuito Techno & House tem dois objetivos principais: revelar novos talentos e fomentar uma competição sadia entre os veteranos da cena. Para tanto, ele terá duas categorias de inscrição – iniciantes e veteranos. O critério é simples: iniciantes deverão apresentar diploma comprovando curso de mixagem concluído entre 01/01/2011 e 31/12/2012 (serão válidos diplomas de qualquer instituição formadora de DJs). Para a categoria veteranos não há restrição, qualquer um que se julgue veterano poderá inscrever-se nesta.

    Cada categoria terá 12 classificados para a fase eliminatória, a ser realizada em 4 etapas nos 4 sábados de janeiro. Cada etapa terá o line-up montado da seguinte forma:

    23h00 Warm-up Residente Pow!
    00h30 Iniciante 1
    01h30 Iniciante 2
    02h30 Iniciante 3
    03h30 Headliner
    04h30 Veterano 1
    05h30 Veterano 2
    06h30 Veterano 3
    07h30 Encerramento Residente Pow!

    A ordem dos competidores seguirá uma lógica de acordo com o som de cada um, para não haver muita oscilação na atmosfera da pista. Cada etapa terá um vencedor (finalista) por categoria. O Iniciante vencedor será divulgado no término da apresentação do headliner (04h30) e o Veterano vencedor será divulgado após a apresentação do DJ que encerrará a noite (08h30). O vencedor será divulgado em tempo real no Facebook das 2 marcas envolvidas: Psicodelia, Yellow.

    A final, marcada para ser realizada em fevereiro, contará com os 4 finalistas de cada categoria, e seguirá a mesma estrutura de line-up, apenas acrescentando um DJ em cada parte.

    DATAS E LOCAL

    O Circuito Pow será realizado no Club!, situado na Av. Água Verde, 66 – Curitiba/PR. A casa, com capacidade para 1300 pessoas, deverá comportar o público que sempre lotou as outras edições do concurso. As datas são as descritas abaixo:

    05/01 – Etapa 1
    12/01 – Etapa 2
    19/01 – Etapa 3
    26/01 – Etapa 4
    16/02 – Final

    A data da final está passível de alteração e será confirmada até o dia 09/02. Em todos os dias a casa será aberta às 23h00 e o primeiro competidor se apresenta 00h30. 

    HEADLINERS

    Cada noite terá um headliner, que além de tocar irá também compor a mesa de avaliação como jurado artístico. Segue abaixo a lista:

    05/01 (Etapa 1) – Anderson Noise
    12/01 (Etapa 2) – Soundman Pako
    19/01 (Etapa 3) – Rogério Animal
    26/01 (Etapa 4) – Marco Lisa (Element)
    16/02 (Final) – A ser divulgado

    AVALIAÇÃO

    A avaliação dos concorrentes acontece em duas etapas. Primeiro, todos os sets inscritos serão ouvidos pela equipe de jurados fixos, formada por profissionais da Yellow DJ Academy, do Psicodelia.org e da Pow!! Eventos. Destes, serão classificados 12 para as eliminatórias de cada categoria. Nas eliminatórias e na final, a mesa sempre será formada por 4 jurados:

    – 1 representante da Pow!! Eventos – Tazz Martins
    – 1 representante do Psicodelia.org – Mohamad Hajar Neto
    – 1 representante da Yellow DJ Academy – Christ Sperandio
    – o headliner da noite

    Cada jurado irá dar a sua nota para o concorrente de acordo com os seguintes critérios:

    Aplicação de técnicas básicas de discotecagem

    • Respeito à estrutura musical na mixagem;
    • Equalização sonora apropriada (sem distorções); Equalização das faixas durante as mixagens;
    • Utilização de pontos apropriados nas faixas para mixagens; Estética artística das mixagens;
    • Sincronia perfeita entre as músicas.

    Aplicação de técnicas avançadas de discotecagem

    • Apresentação de mixagens que proponham uma performance com bom apelo visual;
    • Utilização de recursos técnicos como loops e efeitos durante as mixagens.

    Coesão, coerência e andamento do DJ set

    • Estruturação;
    • Desenvolvimento e unidade do set, considerando a interação e resposta do público à sua execução;
    • Utilização de materiais de qualidade técnica apropriada;
    • Relacionamento entre as faixas apresentadas.

    Apresentação de diferenciais na performance

    • Utilização de recursos orgânicos e/ou eletrônicos (intrumentos musicais, processadores externos de efeito, entre outros) que ofereçam maior autoralidade, individualidade e musicalidade à discotecagem e performance.

    Apresentação de diferenciais musicais no DJ set

    • Relacionamento entre gêneros e estilos da música eletrônica no DJ set que ofereçam diversidade e novidade, de forma harmonica e coesa, considerando a resposta do público.

    Performance de palco, resposta do público e comportamento do artista

    • Interação com o público durante a performance;
    • Relacionamento entre a apresentação pessoal do artista e a proposta musical apresentada; 
    • Comportamento do artista antes, durante e após a apresentação com o público e no palco.
    Cada um dos 6 critérios recebe uma nota, e possui peso igual. A maior média é a vencedora. Em caso de empate, o voto popular será decisivo (serão distribuídas fichas na entrada, que deverão ser depositadas numa urna que ficará à disposição em lugar de fácil acesso no Club).

    PREMIAÇÃO

    Os prêmios serão distintos por categoria, conforme descrito abaixo.

    VETERANOS

    1º Lugar – R$ 2.000,00 em dinheiro, um troféu simbólico e a gravação de uma matéria com podcast no Psicodelia.org;
    2º ao 4º Lugar – Troféu simbólico.

    INICIANTES

    1º Lugar – Contrato como DJ residente da Pow!! Eventos*, 1 curso de produção musical na Yellow DJ Academy e um troféu simbólico;
    2º ao 4º Lugar – Troféu simbólico. 

    * Este contrato garante presença no line-up de todos os eventos do núcleo entre 01/03/2013 e 31/12/2013, com cachê de R$ 200,00.

    EQUIPAMENTOS

    Será disponibilizado para a competição o seguinte rider técnico:

    – 1 Mixer Pioneer DJM800 4 canais;
    – 3 CDJ800 Pioneer.

    Todo o equipamento extra (notebooks, controladoras midi, pick-ups etc) fica por conta do competidor, desde a logística até a montagem. O evento não se responsabilizará por equipamentos que venham a não funcionar no sistema de som da casa.

    E O SYNC?

    Uma polêmica sempre recorrente quando é liberado o uso de softwares como Traktor e Serato é a sincronização automática (vulgo sync). Ele não será proibido, porém, caso o competidor o utilize, ele deverá apresentar mixagens que justifiquem o fato: utilização de 4 decks, mash ups em tempo real, efeitos avançados são alguns exemplos. Se nenhum diferencial for apresentado e ainda assim o sync for usado, o competidor corre o risco de zerar os dois quesitos ligados à mixagem.

    INSCRIÇÃO

    As inscrições estavam abertas entre 06/12/2012 e 14/12/2012. Os classificados para as eliminatórias serão divulgados no dia 27/12/2012.