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  • Skrillex fará trilha sonora e participará de Wreck-It Ralph, novo filme da Disney

    Neste ano a Disney irá lançar uma nova animação, que está sendo muito agurdada. Se além de música eletrônica, você também é fã de games, com certeza já viu e delirou com o trailer de Wreck-It Ralph (que se chamará Detona Ralph no Brasil):

    Sim, você não se enganou: aquele grupo de apoio que aparece aos 0:34 tem o Zangief, o Bowser, o Robotinik e até mesmo o fantasma do Pac-Man. A história do filme gira em torno de Ralph, o vilão de um game que “cansou de ser malvado”, e parte em busca da adoração do público sendo o mocinho de um novo jogo. Para maiores detalhes sobre a história, leiam o artigo no IMDb. O que interessa para nós é uma dupla participação do californiano que tem sido o rosto mais conhecido da música eletrônica no mundo: Skrillex.

    Há alguns meses foi noticiado que ele seria o responsável pela trilha sonora – confirmando a tendência de produtores de EDM assinando as trilhas de Hollywood, a exemplo de Daft Punk, Chemical Brothers e Trent Rezor e Atticus Ross, que inclusive levaram o Oscar pela trilha de A Rede Social. Porém, Soony Moore fará também uma ponta no filme, sendo o DJ de uma festa, em cena ainda não revelada (assim como o Daft Punk tocou na festa de Tron: Legacy).

    Os produtores contam que a idéia nasceu quando a cena da festa estava quase pronta. Pensaram “Se ele já está envolvido com a trilha, talvez tope ser o DJ da festa”. Dito e feito, Skrillex ficou eufórico com o convite, e já aprovou o seu modelo animado.

    Wreck-It Ralph estréia dia 2 de novembro mundialmente, mas no Brasil ele só chega em 4 de janeiro de 2013.

  • Concursos de DJs, a nova forma de prostituição da classe

    A prática é velha, mas recentemente está virando praxe de festas de todo porte. Se você abriu seu Facebook hoje antes de ler esta matéria, com certeza você já se deparou com algum DJ mendigando votos em algum concurso aleatório. Alguns ficam dentro do aceitável: pedem em seu próprio perfil, para sua própria timeline. Outros, como de costume, perdem a noção das boas maneiras virtuais e começam aquele spam desagradável: inundam os murais dos amigos, de todos os grupos que participa e, às vezes, até o bate-papo privado com sua lista de contatos. A sensação ao andar pelas ruas virtuais da rede de Zuckerberg é a mesma de andar em uma calçada cheia de cavaletes de políticos: é tanta gente pedindo a mesma coisa, que a vontade é de mandar todos à mesma merda, ao mesmo tempo.

    Porém, o grande vilão da história toda nem são os DJs, que muitas vezes estão na ânsia de realizar um sonho, e sim os organizadores. Parem pra pensar como o dono da festa: se eu fizer um concurso de DJs, vários aspirantes à profissão irão participar, em busca do tão sonhado espaço. Se eu definir que o vencedor será o mais votado, dezenas de pessoas irão divulgar meu evento de graça durante dias, e só um deles vai ser “premiado” com a participação no meu line-up, sem direito a cachê, afinal… É um presente, uma chance! Espertinhos, não? 

    Vale notar que não sou contra concursos, afinal, uma peneira é a melhor forma de descobrir novos talentos. Porém, o método de avaliação por quantidade de votos além de ser um abuso da boa vontade do DJ, jamais irá selecionar o melhor. Podemos muito bem estar ignorando um grande talento, que fica horas em seu home-studio estudando, produzindo, mixando, para dar espaço a um zé rosca que não faz nada demais, mas tem vários amigos, é bem relacionado, é chato na internet. A maior prova de que número de votos não seleciona o melhor é o Top da DJ Mag, que nesse ano intitula o picareta do David Guetta como “melhor DJ do mundo“. Você, que ganhou um concurso, nada mais é do que o Guetta do seu nicho… Pense nisso!

     

    Por isso, o núcleo que quiser fazer um concurso, deve considerar a idéia de ter uma banca avaliadora, em vez de largar a responsabilidade nas mãos do público e sequer ouvir os sets concorrentes. A voz de um pequeno grupo de pessoas não é infalível, claro, mas com certeza saberá selecionar melhor do que uma estatística de popularidade. Com uma banca de respeito, composta por DJs e produtores já consagrados, professores de mixagem e/ou produção e até mesmo críticos da cena, a chance de termos os melhores ganhando espaço é muito maior!

    Sendo assim, DJs, não caiam nesta armadilha. Boicotem concursos que só querem você trabalhando como promoter de graça! Exijam respeito, o seu trabalho não vale um punhado de likes na fanpage da festa! E organizadores de festas, se pretendem realmente fazer algo pelos novos talentos, destinem um tempo para avaliá-los. A cena já está cheia de celebridades ocupando stages só por causa da popularidade, não precisamos de mais gente assim.

  • Nomes Curiosos: entenda a origem dos nomes do mundo da música eletrônica (Parte I)

    Dar nome às coisas é uma das atividades mais difíceis da vida: seja para o filho, o cachorro, o grupo de trabalho na escola, eventualmente acabamos passando horas, dias ou até meses tentando encontrar a denominação perfeita. E na vida de um artista esta dificuldade é cotidiana, afinal, cada nova música que é finalizada precisa receber um nome. Alguns simplesmente tacam o foda-se e dão nomes aleatórios, como o projeto Rekorder, que numerou suas músicas de 0.0 até 10.3, de acordo com o disco e a faixa correspondente, ou então deadmau5, que possui álbuns chamados Random Album Title (Álbum de Título Aleatório), For Lack of a Better Name (Na Falta de Um Nome Melhor) e >insert album title here< (Insira o Título do Álbum Aqui).

    Porém, a falta de criatividade ás vezes acaba dando lugar a uma criatividade além do necessário – e é nesse cenário que surgem músicas com nomes esquisitos, bizarros ou curiosos. Toda música conta uma história, e no caso das eletrônicas é mais difícil compreender a história que o artista pretende contar, devido à constante ausência de letras – nesse ponto que nasceu minha curiosidade pelos nomes. Em alguns casos, eles dão um novo significado para a música e passamos a gostar ainda mais dela, mas ainda existem os casos em que simplesmente algo aleatório foi escolhido para nomear a canção.

    Pois bem, sempre procurei entender os nomes e agora irei compartilhar alguns significados aqui. Vale lembrar que tudo o que escrevo abaixo é baseado em pesquisas na internet – são suposições, o artista pode muito bem vir aqui e me desmentir, afinal, não estou dentro da cabeça dele pra saber qual foi a pira que deu origem ao nome.

    DEADMAU5 – PROFESSIONAL GRIEFERS

    Deadmau5 é um nerd assumido. Um cara que tem um Space Invader tatuado no pescoço, usou o nickname que tinha no mIRC para batizar o projeto e é fã do Nyan Cat é desgraçadamente nerd – e isso deu nome para esta música também. Griefer é a gíria americana para o jogador que entra em jogos on-line só para estragar a diversão alheia – traduzindo para a geração formada assistindo Hermes e Renato, o Griefer é um Joselito digital. A artwork do EP tem o Meowingtons (gato de estimação de deadmau5) em destaque, e no clipe é ele quem sabota a partida de UFC entre Joel e Gerard Way. Acho que já sabemos quem é o Joselito profissional da história.

     

    SKRILLEX – SCARY MONSTERS AND NICE SPRITES

    Bem, aqui podemos interpretar de duas formas. O dicionário traduz sprite como duendes. Monstros Assustadores e Duendes Bondosos – belo título para algo bem fantasy. Mas vamos nos lembrar que essa leva de DJs é extremamente nerd e foi adolescente nos anos 90, jogando Mega Drive e Super Nintendo. Sprite também é a denominação técnica para uma tecnologia muito usada em games da época, para inserir os personagens no cenário. Monstros assustadores e com visuais bons – se fosse do mau5 a música eu apostaria na segunda opção sem dúvidas! Seja qual foi a intenção dos Nice Sprites, o nome em si é uma referência à música Scary Monsters (and Super Creeps), de David Bowie.

    PLASTIKMAN – SPASTIK

    Saindo dos ídolos dos EUA e caindo agora nos deuses do techno, eis uma música que tem 19 anos e ainda é tocada – especialmente a versão “de fácil digestão” que Dubfire fez para ela. A Spastik original não é nada dançante – é um conjunto de percussões e sons intrigantes e hipnotizantes. Se você é DJ de techno, com certeza já tentou usar ela em mash ups e já percebeu que o resultado fica perfeito na maioria das vezes. Mas vamos parar de falar da música e vamos ao nome: spastic é um termo originalmente usado para definir o paciente que tem espasticidade, um enrijecimento muscular sintoma de disturbios neurológicos, como a paralisia cerebral. Ouça a música novamente agora que você sabe o significado do nome – faz total sentido, né? Ah, o K no lugar do C com certeza foi para se alinhar ao nome do projeto, que também troca o C de plastic por um K.

    RADIO SLAVE – GRINDHOUSE (DUBFIRE PLANET TERROR MIX)

    Grind house, traduzindo literalmente, seria “casa de triturar” – um nome mórbido, assim como a música. Além da tradução literal, grindhouse também é a denominação usada para designar cinemas que passam filmes de terror trash, daqueles que não se preocupam em ter uma boa história, continuadade ou execução. Porém o nome não é apenas uma referência a este tipo de cinema, e sim uma referência a uma recente produção que popularizou o termo. Grindhouse é um filme de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, que faz uma homenagem ao terror trash dos anos 80. O filme divide-se em duas partes: Death Proof e… Planet Terror. Bem, não precisamos dizer mais nada sobre este nome, né? Os vocais, apesar de parecerem muito com samples retirados de filmes de terror, não são do filme homônimo. Não consegui encontrar nenhuma referência na internet – talvez sejam originais, ou de algum filme MUITO alternativo.
    * agradecemos a colaboração de Hermes Pons, que nos alertou para o significado não literal de “grindhouse”

    DUSTY KID – LYNCHESQUE

    E já que o assunto é techno doente e cinema alternativo, o maior hit de Dusty Kid também é uma referência à sétima arte. O sufixo -esque significa “à moda de”. Por exemplo, DaVinciesque, à moda de DaVinci. Então Lynchesque seria à moda de Lynch – David Lynch, diretor conceituadíssimo de cinema, com filmes intrigantes e doentes, assim como a música em questão. Curiosidade: já tem um tempo que Lynch resolveu atacar de produtor, e o resultado é, no mínimo, interessante. Vale a pena procurar 😉

    D-NOX & BECKERS – CALA A BOCA

    Peraí, por que os alemães deram um nome em português para a música? E por que um nome agressivo? Segundo D-Nox, é uma homenagem às pistas do Brasil – as que mais falam e menos prestam atenção no som. Cala a Boca mandou uma mensagem clara para nós muito antes de qualquer campanha que você tenha visto pela internet: fale menos e dance mais. E não é que eles têm razão?

    KROME ANGELS – KRISKROS RHYTHMS

    Essa foi provavelmente a primeira música que investiguei a fundo o nome – e ele é interessantíssimo. O nome em si é facilmente explicado – no break da música há um vocal dizendo “criss-cross rhythms that explode with happiness“. Mas ainda assim, “sons cruzados que explodem com felicidade”? Há sentido nisso? Acreditem, há sim. Esta frase foi criada por uma banda de música afro, chamada Osibisa, como uma tradução do nome deles – porém é só uma cortina de fumaça. Osibisa na verdade vem do termo Osibisaba, que significa “vida desregrada” no dialeto Fante. Ou seja… são os ritmos cruzados ou a vida sem limites que explodem com felicidade? 😉

    GMS – JUICE

    Pra finalizar, outra dos cinemas. Depois do audio-visual que o GMS fazia em 2009 ficou mais óbvio, mas ainda assim vale a pena a menção. A música na verdade é um remix para Lux Aeterna, música tema do filme Requiem Para Um Sonho. Os samples usados também são tirados do filme, e Juice é o nome do programa de televisão que tem função crucial no filme – o apresentador dele que fala a célebre frase “I said… We got a winner“. E já que estamos no assunto, uma dica: a película dirigida por Darren Aronofsky (que também dirigiu Cisne Negro) é obrigatória para qualquer pessoa que viva o mundo da música eletrônica e, consequentemente, das drogas (por mais que não as use).

  • Calvin Harris leva prêmio maior no VMA 2012; Skrillex também foi premiado

    Ontem mais um capítulo foi escrito na história da invasão da música eletrônica (ou EDM, como eles chamam) está protagonizando nos Estados Unidos. Depois dos impressionantes 3 Grammys que Skrillex levou no começo deste ano, agora foi a vez da MTV americana começar a reconhecer os principais produtores do estilo. A premiação deste ano foi dominada pelos artistas de black music, como vem acontecendo há quase uma década, mas dois “intrusos” abocanharam 3 prêmios: Calvin Harris e Skrillex.

    Calvin Harris levou o prêmio de melhor video de EDM, por Feel So Close, e o prêmio de melhor video do ano, o principal da noite, por We Found Love, sua colaboração com Rihanna. Além dele, Skrillex ficou com o prêmio de melhores efeitos visuais, pelo clipe de First of The Year (Equinox). Confiram os 3 videos premiados:

    Calvin Harris – Feel So Close

    Rihanna – We Found Love ft. Calvin Harris

    Skrillex – First of The Year (Equinox)

    Alguns com certeza dirão “isso nem é música eletrônica”, ou “prefiro que essas coisas nem toquem na minha rave/balada”. OK, também não achamos estas tracks nada de sensacional, mas vamos lembrar da análise que Richie Hawtin fez no começo do ano: quanto mais os americanos gostarem da EDM mainstream, mais a EDM underground tem a ganhar, com a injeção de dinheiro na cena e a expansão e renovação do público.

    Para conferir os outros premiados pelo VMA 2012, clique aqui.

  • Kaballah promove edição Showcase em Curitiba com Oliver Huntemann

    O que vem sendo profetizado há alguns meses começa a se tornar realidade. O núcleo Kaballah, um dos maiores do Brasil e mais queridos de Curitiba, irá retornar ao Paraná em outubro. Ainda não será para uma grande open air como as que aconteceram entre 2007 e 2009 (apesar de já existirem movimentos nos bastidores que podem possibilitar sua realização em 2013), mas será com um Showcase de respeito.

    O grande artista que encabeçará a festa é o alemão Oliver Huntemann, um dos produtores de techno mais aclamados nos últimos tempos. Tem sido nome constante em charts e sets de techno no mundo todo graças a seu excelente álbum Paranoia, lançado ano passado, e ao Play! 04 EP, lançado há poucas semanas. Suas parcerias com outros ídolos da cena nacional, como Stephan Bodzin e Dubfire, lhe rendem ainda mais respeito.

    Dando mais força a essa “noite do techno”, outros 3 nomes: Mandraks, DJ paulista que vem se destacando no casting da Entourage; Kultra, nossos residentes que tocam um techno envolvente e empolgante; e Cheap Konduktor, prata-da-casa do Club! que vem surpreendendo a cena curitibana com um techno pesado e sério;

    A casa escolhida para abrigar um retorno tão aguardado é o Club!, a recém-inaugurada balada que vem promovendo noites memoráveis, como as de Victor Ruiz, Tocadisco, Ticon e Olivier Giacomotto. Os ingressos de primeiro lote custarão R$ 40,00 (masc.) e R$ 20,00 (fem.), e estão à venda na rede Alô Ingressos:

    ON-LINE

    http://bit.ly/ingressosclub
    http://www.aloingressos.com.br/ 
    Call Center: (41) 3042.6262

    LIVRARIAS CURITIBA

    • Shopping Curitiba, Estação, Müeller, Palladium, Barigüi, São José
    • Centro: R. XV de Novembro, 870
    • Rebouças: Av. Mal Floriano Peixoto, 1762

    WATER FALLS

    • Shopping Cidade e Shopping Total

    POSTO SORRISO 24 HORAS

    • Av. Candido Hartmann, 379, Bigorrilho

    INFORMAÇÕES, RESERVAS E CAMAROTES 

    (41) 3333.5555  /  contato@club.art.br

     

    EVENTO OFICIAL

    https://www.facebook.com/events/104021329754024/

     

  • Club! receberá a primeira edição indoor da Brasuca

    No primeiro semestre deste ano nós do Psicodelia.org participamos ativamente da produção da Brasuca, que estreou na cena no dia 2 de junho, com uma festa memorável. A open air será anual, mas enquanto a próxima edição não chega, eventos indoor serão promovidos pela marca, com a mesma proposta de sempre: enaltecer a nossa brasilidade e apresentar música de qualidade e inovadora. Estas edições em baladas serão sempre realizadas no Club!, a mais nova casa de música eletrônica de Curitiba, e por isso as festas receberão o nome de Brasuca Club!.

    Para a primeira edição, o Club! irá se transformar numa verdadeira caverna: o prog dark será a trilha sonora da noite. O convidado internacional dela será Grouch, o neo-zelandês que foi a sensação do último Universo Paralello, tendo tocado duas vezes (no Main Stage e no 303 Stage) e se tornado o nome mais elogiado do festival. Além dele, o lado obscuro do progressivo contará também com Parallel Waves, nosso ex-colaborador que surpreendeu a todos na Brasuca, e Urucubaca, que vem se destacando na cena psicodélica paranaense.

    Além deles, outros dois progressivos psicodélicos completam o line-up: Vegas, um catarinense que tem se destacado muito na cena nacional, e Element, um dos residentes e organizadores da Brasuca.

    A festa acontece no dia 5 de outubro, sexta-feira, a partir das 23h. Os preços estão acessíveis: o primeiro lote promocional está saindo por R$ 25,00 para homens e R$ 15,00 para mulheres, mas é melhor correr para garantir – o segundo lote sobe para R$ 40,00 (masc.) e R$ 30,00 (fem.). As vendas acontecem pelo site Alô Ingressos e seus pontos-de-venda físicos, como as Livrarias Curitiba por exemplo.

  • Ritmo, referência mundial em psytrance progressivo, faz breve tour no Brasil

    Para fazer a comemoração dos nossos 5 anos, optamos por dividir a celebração em 3 festas, pensando nos nossos 3 maiores públicos: psytrance, electro e techno. Para as duas últimas ainda estamos fazendo mistério, mas a primeira delas já está bem próxima de acontecer. Para fazer as honras da festa focada na psicodelia, nossa raíz, escolhemos ninguém menos que Ritmo, um dos melhores produtores-DJs de psytrance progressivo da atualidade.

    Dubi Dagan, o cara por trás do projeto, é mais um daqueles que vive a música eletrônica desde pequeno. Seu interesse começou nos anos 80, quando trocou o heavy metal pelas bandas de New Wave, como Depeche Mode. Ao adentrar os anos 90, seguiu o curso natural da maioria das pessoas da época, e tornou-se um fã do Big Beat, produzido por gente como The Prodigy e The Chemical Brothers. Foi somente depois disso que teve seu primeiro contato com o psytrance, uma paixão que já dura quase duas décadas.

    Iniciou sua carreira como residente no Luna Club, em Haifa, Israel, mas ainda usando seu verdadeiro nome. A alcunha Ritmo foi nascer somente na segunda metade dos anos 2000, quando decidiu virar produtor e ingressou no aclamado selo Iono Music, um dos principais de psytrance no mundo. Foi lá que, em 2008, o álbum de estréia foi lançado: Disharmonic Silence foi um sucesso de crítica, e foi o cartão de visitas de Dubi para o mundo todo.

    Desde então, Ritmo é referência quando o assunto é psytrance progressivo. Seu estilo, segundo ele próprio, é a transcrição musical do ritmo dos nossos corpos e almas, e preenche uma lacuna que existia na cena psicodélica. Esta proposta lhe rendeu boas gigs, como os festivais alemãos Fusion Festival e Indian Spirit, o austríaco Spirit Base e os nossos brasileiros XXXperience e Tribe. Desde o lançamento do primeiro álbum, Ritmo trabalhou em diversas colaborações, com gente como Liquid Soul, Ace Ventura, Symphonix e Suntree, com quem forma o projeto paralelo chamado Ritree. Atualmente está trabalhando no segundo álbum, que deve ser lançado em breve.

    Confira abaixo um pouco do set dele no Moshka Purim 2012:

    E um trecho da apresentação no Hadra Festival, em 2010:

    E para entrar no ritmo (tudum-tss) da festa de sábado, fiquem com o seu set gravado mais recentemente, para o prograva Global Trance Grooves, de John 00 Fleming – lembrando que está disponível para download!

    Para mais informações sobre a festa de 5 anos do Psicodelia, que acontece sábado (15/set) no Club!, acesse o evento oficial no Facebook. Além desta data, Ritmo toca em outras 3 cidades brasileiras: dia 14 no Insanity Club, de Florianópolis, dia 21 no Deputamadre, de Belo Horizonte e dia 22 no Goa Club, de Juiz de Fora.

  • Creamfields Buenos Aires divulga line-up

    Enquanto os brasileiros se esforçam para escolher entre Dream Valley e XXXperience, nossos hermanos já tem destino certo em novembro: a edição argentina do festival Creamfields.

    O festival é um dos maiores eventos de música eletrônica da América Latina, acontece em apenas um dia, com cerca de 8 pistas diferentes espalhadas pelo Autódromo de Buenos Aires. Seus line-ups são de causar inveja a muito festival europeu, e neste ano não foi diferente. Confira abaixo a pequena lista divulgada há pouco na fanpage oficial do evento:

    • David Guetta
    • Calvin Harris
    • Paul Van Dyk
    • Richie Hawtin presents ENTER.
    • Sven Vath
    • Loco Dice
    • Fedde Le Grand
    • Hernán Cattáneo
    • Dubfire
    • Steve Lawler
    • James Zabiela
    • Alesso
    • Jamie Jones
    • Solomun
    • Guy Gerber
    • Infected Mushroom
    • Art Department
    • Nervo
    • Cosmic Gate with Emma Hewitt
    • Reboot
    • Mathias Kaden
    • Barem
    • Henry Saiz
    • Sascha Dive
    • Guti
    • Dorian Paic
    • Poncho
    • Matador
    • Renato Ratier
    • Afterlife
    • Franco Cinelli
    • Le Freak Selector
    • Leandro Fresco
    • Facu Carri
    • Soundexile
    • Guille Quero
    • Marcos Paz
    • Big Fabio
    • Luis Nieva

    Uma das partes que mais surpreendeu foi que Richie Hawtin não só vem tocar, como ele trará sua festa conceitual ENTER., que fez grande sucesso no Space Ibiza durante o verão europeu – leia mais no artigo sobre o assunto que fizemos.

    A festa acontece dia 10 de novembro na capital argentina, e nós do Psicodelia.org estaremos lá, para contar a vocês com detalhes como acontecerá o evento!

  • Pioneer lança novo modelo de CDJ com botão sync

    E a maior polêmica do mundo da música eletrônica acaba de receber mais lenha. Se você tem amigos DJs, com certeza já teve o desprazer de acompanhar a discussão em torno dos DJs de computador. A briga existe graças à função sync, que sincroniza automaticamente as músicas e elimina uma das funções mais clássicas do DJ. Com isso, ficou mais fácil “ser DJ” (ou fingir ser), pois qualquer um pode baixar o Top 10 do Beatport, tocar syncado no Traktor e levar uma platéia à loucura – pois bem, esta discussão tem vários lados e argumentos, e será assunto para um post especial dentro de alguns dias. O caso a ser tratado agora é um lançamento da Pioneer que deve aumentar a discussão: a CDJ-2000nexus.

    Como o título da matéria já entregou, a nova CDJ vem com a função sync nela – não será mais preciso um computador para usar a sincronia automática, tendo em vista que ele funcionará com qualquer tipo de mídia inserida, como CDs e pen drives. Outra novidade, aliás, é uma nova mídia que poderá ser usada para levar suas músicas para o club: dispositivos iOS e Android. Isso mesmo: nem pen drive será necessário mais, o DJ agora pode armazenar suas tracks em seu SmartPhone, Tablet e até mesmo iPod. O mais interessante é que para a leitura não são utilizados cabos – a CDJ-2000nexus se comunica com os gadgets via conexão Wi-Fi, com o apoio do app Rekordbox, disponível gratuitamente na App Store e Google Play.

    Outra novidade é a evolução do mini-display. O navegador de tracks foi melhorado, e a waveform agora tem zoom – possibilitando maior detalhamento. Isso sem contar inúmeras novas informações, que para usuários de Traktor não são novidade: key, BPM, hotcues. Confira o video-promo com algumas performances:

    A CDJ-2000nexus ainda possui algumas outras novidades menores em relação ao modelo anterior, que você pode conferir em detalhes no press release oficial da Pionner. O lançamento está previsto para o fim de outubro desde ano. E aí, será o fim da era da mixagem, ou nada mudará?

  • O Barão do Techno, Dave Clarke, aporta no Brasil neste mês

    Se tem alguém que realmente comemorou esta Tribaltech, esse alguém é o fã de techno. Com a criação do Club Vibe Stage, que abrigará toda a trupe do deep house, o já tradicional Black Tarj Stage ficou dominado pelos DJs de techno – entre eles Dubfire, Magda, D-Nox, Format: B e Boris Brejcha. Porém, na lista existe um nome que está passando despercebido pelo público, mas que merece total atenção e respeito: Dave Clarke.

    Dave é o que podemos chamar de “um dos pais do techno atual”. Começou sua carreira ainda nos anos 80, quando mantinha residência no club Toppers, em Brighton, e seu sucesso rivalizava com um outro ilustre que também começava a carreira na cidade na mesma época: John Digweed.

    Nos anos 90, quando o estilo começou a ganhar o mundo (a segunda-onda do detroit techno, capitaneada por gente como Richie Hawtin, Carl Craig e Jeff Mills), foi que Clarke conseguiu notoriedade global. O lançamento da série de EPs intutados Red, em 1994, foi o marco do reconhecimento de seu talento pela cena, lhe rendendo um apelido que carrega até hoje: O Barão do Techno. A lista de grandes nomes que o respeitam é longa, e vai desde DJ Rush e Felix da Housecat, até Daft Punk, que o cita na música Teachers – uma homenagem a todos os DJs e produtores que teriam influenciado a carreira dos franceses.

    Suas habilidades e seu senso de ritmo fazem com que ele seja um DJ-produtor acima da média na hora de se apresentar. Dificilmente o público sai decepcionado de seus sets recheados de techno intenso, que inclusive são referência para artistas contemporâneos (como os que estarão dividindo palco com ele na própria TT). Confiram abaixo um trecho de sua apresentação no Tomorrowland 2012:

    Trecho do set no Awakenings:

    Já pensou um set desses por aqui? Pois é, Tribaltech acertando em cheio na hora de inovar! Além de tocar em Curitiba no dia 29/set, o inglês se apresenta no Clash Club no dia anterior.